Candidatos à prefeitura de Tatuí ainda no páreo

Com início no final de semana passado e conclusão neste, dias 22 e 29, as principais áreas de interesse do munícipio são abordadas em entrevistas realizadas pelo jornal O Progresso junto aos candidatos à prefeitura de Tatuí.

No começo da semana passada, receberam convite para a participação na sabatina os quatro candidatos: Alessandra Vieira de Camargo Teles (Alessandra Gonzaga), do Partido Progressistas (PP); Eduardo Dade Sallum (Eduardo Sallum), do Partido dos Trabalhadores (PT); Miguel Lopes Cardoso Júnior (Professor Miguel), do Partido Social Democrático (PSD); e Rogério de Jesus Paes (Rogério Milagre), do Partido da Mobilização Nacional (PMN).

Alessandra Gonzaga concorre junto à coligação “Amor e Trabalho por Tatuí”, integrada pelo Partido Progressistas, Partido Liberal (PL), União Brasil, Avante e Partido Socialista Brasileiro (PSB).

Eduardo Sallum está à frente da coligação “Muda Tatuí com Sallum”, composta por PT, PSDB, PDT, Rede, Cidadania, PCdoB, PV e PSOL.

Professor Miguel concorre pela coligação “Para Seguir Reconstruindo uma Tatuí de Todos”, a qual soma os partidos PSD, Republicanos, Podemos, MDB, Solidariedade e PRD.

Rogério Milagre segue no pleito sem coligação, sustentado apenas pelo Partido da Mobilização Nacional.

O objetivo das entrevistas é proporcionar aos eleitores mais conhecimento sobre os candidatos ao cargo de prefeito. Conforme efetivado neste ano, junto aos convites, eles receberam uma pauta de questões a serem respondidas por escrito até a tarde de quinta-feira da semana passada, 19, e, concluindo o segundo bloco, até esta quarta-feira, 25.

Da pauta, destacam-se as áreas entendidas como de maior interesse público neste momento, pela ordem: saúde, educação, segurança, emprego, infraestrutura, cultura, turismo e esporte.

Os candidatos tiveram a indicação de, a partir de seus respectivos planos de governo, dissertarem sobre as propostas para cada uma dessas áreas.

Para efeito equânime quanto ao espaço reservado a cada um, ainda houve orientação para que as respostas relativas a cada tema não ultrapassassem o limite de 4.000 toques com espaço.

Assim, nas duas edições em sequência, são publicadas as respectivas respostas agrupadas dos candidatos sobre os mesmos temas, de maneira a facilitar a comparação por parte dos eleitores.

Os candidatos, dentro desse formato, já responderam, na edição do final de semana passado, sobre as áreas de saúde, educação, segurança e emprego, compondo o primeiro bloco das entrevistas.

O bloco seguinte, publicado nesta edição do dia 29, apresenta como temas as áreas de infraestrutura, cultura, turismo e esporte.

As entrevistas, efetivadas por escrito, têm as respostas reproduzidas exatamente conforme encaminhadas à reportagem de O Progresso de Tatuí, sem qualquer interferência – inclusive, de revisão de texto.

A opção por este procedimento leva em conta um parâmetro de justiça, vez que a maneira com que se manifestam os candidatos – também por escrito, naturalmente – tem seu determinado valor, denotando mais (ou menos) coerência, discernimento e educação formal.

São virtudes que, certamente, devem ser consideradas pelo eleitor, além, claro das concretas propostas de governo. Também não há dúvida de que as declarações de candidatos costumam ser redigidas por suas assessorias de comunicação, não por eles próprios.

Não obstante, como ninguém administra sozinho, senão em equipe, também o trabalho das assessorias dos candidatos merece observação e, por este aspecto, ter seu respectivo peso nas decisões de voto.

No mais, o registro, literalmente por escrito, das propostas de governo servirá à população, no futuro, para a cobrança de realização do que fora prometido, junto a quem vencer as eleições.

A série de entrevistas com os candidatos a prefeito de Tatuí promovida pelo jornal teve a primeira edição em agosto de 1992, quando foi destaque no tabloide “Stopim”, então encartado em O Progresso.

Naquele ano, entre os candidatos, estava Luiz Gonzaga Vieira de Camargo (pai de Alessandra Gonzaga), que não venceu o pleito, mas, posteriormente, em 1998 e 2002, conquistou vaga na Assembleia Legislativa de São Paulo e, em 2004, foi eleito prefeito de Tatuí e, em 2008, reeleito.

Disputando com Gonzaga, então em coligação com PTR, PRN, PDS, PTB, PSDB e PDC naquela eleição de 1992, estiveram José Rubens do Amaral Lincoln, pelo PT, e Joaquim Amado Quevedo, do PMDB, que acabou eleito.

Por fim, ao longo da semana, O Progresso manteve em sua enquete uma questão que possibilita observar, com margem real de segurança, que a atual eleição para o Executivo em Tatuí está “aberta”.

Sim, esse modelo de pesquisa não é “científico”, tal as efetivadas por empresas e institutos especializados. A questão primária seria que, sem todo um aparato técnico e embasamento didático, os resultados podem ser facilmente equivocados, ou simplesmente manipulados – com pessoas votando várias vezes em um mesmo candidato, por exemplo.

Contudo, a pergunta trabalhada na enquete não dava margem a interesses de manipulação, vez que apenas buscava saber se o eleitor já tinha plena convicção a respeito de seu voto para a prefeitura.

Sem apresentar nomes de candidatos, portanto, não deixava qualquer razão para se votar mais de uma vez em alguma das respostas, que se resumiam a “sim” e “não”.

O objetivo, claro, era apurar qual a porcentagem de pessoas ainda em dúvida com relação a quem acabará merecendo o voto deles. Ao final, a enquete apurou que cerca de 25% – um quarto dos eleitores – ainda não sabia em quem votar até a tarde desta sexta-feira, 27.

Isso, como observado, é mais que suficiente para determinar quem será o próximo prefeito ou prefeita de Tatuí. Ou seja, os candidatos têm uma semana para ganhar – ou perder – na medida em que conquistarem os chamados indecisos.

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