A prefeitura, por meio da Vigilância Epidemiológica, da Secretaria de Saúde, começa na quarta-feira, 10, a 21ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza. As imunizações serão realizadas em todas as salas de vacinas das unidades básicas de saúde do município.
De acordo com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, enfermeira Rosana Oliveira, a principal mudança em relação a 2018 é a ampliação do limite de idade do público infantil.
Ela explica que, até o ano passado, o imunizante era aplicado apenas nas crianças de seis meses a cinco anos incompletos. Agora, aquelas com até seis anos incompletos podem tomar a dose nos postos de saúde.
Entre 10 e 21 de abril, a vacina será disponibilizada para os grupos prioritários de crianças de seis meses a menores de seis anos, gestantes e puérperas (mulheres que deram à luz há 45 dias ou menos).
“As gestantes podem estar em qualquer idade gestacional. Todas as mulheres grávidas devem tomar a vacina para se proteger do vírus, desde as primeiras semanas de gestação até perto de nascer. Em qualquer idade, ela já pode e deve ir tomar a vacina”, ressaltou.
Depois de 22 de abril, será iniciada a imunização dos demais integrantes do público-alvo: idosos, profissionais da saúde e professores, pacientes com doenças crônicas, povos indígenas, adolescentes que cumprem medidas socioeducativas e presidiários.
Uma população de 33.362 pessoas está incluída nos grupos prioritários. A meta é vacinar ao menos 90% desse público. Em todas as UBSs, a vacinação terá início às 8h, com término às 16h. Somente nas unidades rurais e na UBS Santa Cruz a vacinação se encerra às 13h.
“Somente pessoas que são alérgicas a ovo não podem tomar a vacina”. Ainda segundo Rosana, o “Dia D” de vacinação está previsto para 4 de maio, um sábado.
A coordenadora explica ser importante aproveitar a data para levar as crianças aos postos de saúde e imunizá-las contra o vírus. “Os pais e responsáveis devem aproveitar a oportunidade e vacinar a criança. A imunização pode evitar complicações, internações e, até mesmo, a morte”, frisou.
Conforme a VE, neste ano, não foram registrados casos da doença em Tatuí. “Tivemos a notificação de um homem de mais de 50 anos, mas não confirmado”, afirmou Rosana.
No ano passado, nove casos foram confirmados. Duas mulheres, de 41 e 66 anos, morreram vítimas da doença. Uma tinha doenças crônicas (diabetes e hipertensão) e estava hospitalizada em uma UTI (unidade de terapia intensiva), em Tatuí, e outra faleceu em um hospital de Sorocaba.
Os outros casos positivos da doença envolveram duas crianças (de três e seis anos); duas mulheres (70 e 46 anos); e três homens (54, 56 e 96 anos).
Rosana afirmou que a maioria dos casos registrados foi de pacientes não vacinados e que as duas mortes foram de pessoas consideradas, pelo Ministério da Saúde, como pertencentes a grupos de risco. “De nove casos positivos, somente um estava imunizado. A falta da vacina teve uma grande influência nestes casos”, destacou.
Segundo ela, caso a pessoa que faz uso da vacina desenvolva sintomas típicos de uma doença do trato respiratório (como nariz entupido, tosse e dor de garganta, por exemplo), isso não está relacionado com o imunizante, porque ele é elaborado com o vírus morto.
“Muitas vezes, a pessoa se vacina contra a gripe, mas já está com o vírus no corpo. Aí, coincide de ficar doente e achar que é da vacina. Mas, na realidade, não é”, acrescentou.
Ela ainda alerta que a vacina contra gripe é segura e a intervenção mais importante para evitar casos graves e mortes pela doença. A dose trivalente protege contra três cepas do vírus influenza.
Somente neste ano, em todo o Brasil, foram registrados 212 casos de síndrome respiratória aguda grave por influenza, dos quais 145 por H1N1, sete por H3N2 e 28 por influenza B. Houve 39 óbitos, sendo 38 por H1N1 e um por influenza B. No estado de São Paulo, foram registrados 11 casos, sem registro de óbito.
Rosana lembra que quem foi imunizado no ano passado deve tomar a vacina novamente neste ano, tendo em vista que a ela precisa ser reformulada para proteger contra as cepas do vírus que estão em circulação.
Para tirar dúvidas e solicitar mais informações, basta ligar para (15) 3259-6358, ou procurar a UBS mais próxima.