Neste sábado, 4, acontece o Dia de Mobilização Nacional – chamado de “Dia D” – da 21ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza. Em Tatuí, equipes da Vigilância Epidemiológica estarão realizando a imunização em todos os postos de saúde da área urbana e rural.
De acordo com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, enfermeira Rosana Oliveira, a meta é alcançar pelo menos 70% do público-alvo durante a ação. “Queremos imunizar o máximo de pessoas durante o sábado, mas precisamos que a população se conscientize e compareça”, apontou.
Durante o Dia D, equipes do órgão da Secretaria de Saúde fazem plantão de imunização, das 9h às 13h, na Praça da Matriz. Além disso, as unidades básicas de saúde da área urbana funcionam das 8h às 17h, e as da zona rural, das 8h às 16h.
Podem ser vacinados os grupos prioritários, ou seja, idosos a partir de 60 anos de idade, crianças de 6 meses a menores de 6 anos, trabalhadores da área da saúde, professores das redes pública e privada, gestantes e puérperas.
O público-alvo ainda inclui pessoas com comorbidades (doença respiratória crônica, doença cardíaca crônica, doença renal crônica, doença hepática crônica, doença neurológica crônica, diabetes, obesos, imunossupressão, transplantados e trissomias), pessoas privadas de liberdade e funcionários do sistema prisional.
Para tomar a vacina, é preciso levar a carteira de vacinação e/ou um documento com foto. Os doentes crônicos precisam de uma carta do médico ou a receita da medicação de uso contínuo.
“Este o único Dia D marcado para este ano, por enquanto. Então, é importe levar as crianças para se imunizar e aproveitar a oportunidade para deixar a vacina em dia. Depois disso, a vacinação continua nos postos de saúde, mas de segunda a sexta, conforme horário de funcionamento de cada unidade”, ressaltou a coordenadora.
A expectativa do órgão da Secretaria de Saúde é vacinar 90% do público-alvo (30.026 pessoas) até o final da campanha contra a gripe, que vai até o dia 31 de maio. Até terça-feira, 30, 31,98% da população prioritária haviam recebido a vacina contra a gripe – 10.669 pessoas.
O total de vacinados considera o público estimado de idosos acima de 60 anos, crianças de 6 meses a menores de 6 anos, profissionais da área de saúde, professores da rede pública e privada, gestantes, puérperas e pessoas portadoras de doenças crônicas e outras categorias de risco clínico.
O público com maior cobertura, até o momento, é de puérperas, com 80,50%, seguido pelas gestantes (48,48%), idosos (38,08%), professores (31,97%), trabalhadores de saúde (27,36%) e crianças (26,4%).
Para Rosana, os números estão dentro do esperado. Contudo, ela afirma que falta conscientização da população quanto à importância da vacinação. “Principalmente dos pais e mães, que não estão levando os seus filhos para se vacinar”.
“Há pessoas que têm medo da vacina por conta de alguns mitos. Por exemplo, o maior deles é que a pessoa pega a gripe quando toma a vacina. Isso não é verdade.”, acrescentou.
Segundo ela, caso a pessoa que faz uso da vacina desenvolva sintomas típicos de doença do trato respiratório (como nariz entupido, tosse e dor de garganta, por exemplo), isso não está relacionado com o imunizante, porque ele é elaborado com o vírus morto.
“Muitas vezes, a pessoa se vacina contra a gripe, mas já está com o vírus no corpo. Aí, coincide de ficar doente e achar que é da vacina. Mas, na realidade, não é”, acrescentou. Ela ainda alerta que a vacina contra gripe é segura e a intervenção mais importante para evitar casos graves e mortes pela doença.
Conforme a VE, neste ano, não foram registrados casos confirmados da doença em Tatuí. “Tivemos quatro notificações, duas foram descartadas e duas estamos aguardando a análise”, disse.
No ano passado, nove casos foram confirmados. Duas mulheres, de 41 e 66 anos, morreram vítimas da doença. Uma tinha doenças crônicas (diabetes e hipertensão) e estava hospitalizada em uma UTI (unidade de terapia intensiva), em Tatuí, e outra faleceu em um hospital de Sorocaba.
Os outros casos positivos da doença envolveram duas crianças (de três e seis anos), duas mulheres (70 e 46 anos) e três homens (54, 56 e 96 anos).
Rosana afirmou que a maioria dos casos registrados foi de pacientes não vacinados e que as duas mortes foram de pessoas consideradas, pelo Ministério da Saúde, como pertencentes a grupos de risco. “De nove casos positivos, somente um estava imunizado. A falta da vacina teve uma grande influência nestes casos”, destacou.
Rosana lembra que quem foi imunizado no ano passado deve tomar a vacina novamente neste ano, tendo em vista que ela precisa ser reformulada para proteger contra as cepas do vírus que estão em circulação.
A vacina produzida para 2019 teve mudança em duas das três cepas que a compõem e protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no ano passado no Hemisfério Sul, de acordo com determinação da OMS: A/Michigan/45/2015 (H1N1) pdm09; A/Switzerland/8060/2017 (H3N2); B/Colorado/06/2017 (linhagem B/Victoria/2/87).
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Até o dia 20 de abril, foram registrados 427 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por influenza em todo o país, com 81 óbitos. Até o momento, o subtipo predominante no país é o vírus influenza A(H1N1)pdm09, com registro de 213 casos e 55 óbitos.
Todos os estados estão abastecidos com o fosfato de oseltamivir e devem disponibilizá-lo de forma estratégica em suas unidades de saúde. Para o atendimento do ano de 2019, o Ministério da Saúde já enviou, aproximadamente, 9,5 milhões de unidades do medicamento aos estados. O tratamento deve ser realizado, preferencialmente, nas primeiras 48 horas após o início dos sintomas.
A Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe teve início no dia 10 de abril em todo o país. No primeiro momento, foram priorizadas as crianças e gestantes. A vacinação está aberta para os públicos com comorbidades e profissionais de saúde desde o dia 22 de abril.