A Câmara Municipal teve, na noite de terça-feira, 30 de abril, a segunda ordinária seguida sem ordem do dia. Os vereadores que compareceram à reunião debateram apenas requerimentos (48 no total), uma vez que os projetos enviados à Casa de Leis pelo Executivo e mesmo os apresentados pelos edis aguardam pareceres.
Sem matérias, a ordinária contou apenas com leituras do expediente e dos requerimentos e moções de aplausos e congratulações, seguidas de discussão. A reunião terminou sem a “instauração da ordem”, pela ausência de projetos. Também não contou com a palavra livre, aberta para uso dos vereadores.
Na discussão dos requerimentos, 6 dos 17 parlamentares ocuparam a tribuna. Severino Guilherme da Silva (PSD) comentou a respeito de acordo entre os vereadores para denominação de ruas. O parlamentar agradeceu a dois colegas de Câmara por terem cedido o direito para ele fazer a denominação.
Ele também comentou sobre requerimento protocolado em fevereiro junto à Prefeitura, no qual pede a implantação de uma escola de ensino médio no Tanquinho (reportagem nesta edição). O mesmo pedido foi encaminhado ao deputado Eli Correa Filho (DEM), que teria se comprometido a ajudar.
Alexandre de Jesus Bossolan (PSDB) abordou requerimento apresentado por Daniel de Almeida Rezende (PV) e iniciativa do vereador João Éder Alves Miguel (PV).
O primeiro solicitou criação de áreas de lazer ecológicas (com uso de pneus na montagem de brinquedos); o segundo, auxiliou a Secretaria Municipal da Educação a obter economia com passe escolar.
Na tribuna, Miguel descreveu o trabalho desenvolvido em parceria com a Educação. O vereador explicou que estudara a lei e os decretos que regulamentam o transporte universitário, por meio de cessão de passe escolar para quem frequenta unidades de ensino superior na cidade de São Paulo.
Até este mês, os usuários recebiam passes livres (sem nome e data definidos) para viajar. A partir de recadastro, terão as passagens emitidas nominalmente e mediante apresentação de carteirinha, o que garante desconto de 50% para a municipalidade no valor do passe, que era, até então, “cheio”.
A mudança deve permitir economia de R$ 13 mil ao mês, valor que poderá ser investido pela municipalidade, segundo o vereador, em áreas mais urgentes.
O parlamentar também falou sobre dificuldades que moradores do Jardim Wanderley estão tendo em estacionar os veículos nas residências deles. Conforme ele, buracos no asfalto na frente das casas impediriam o acesso.
Rodolfo Hessel Fanganiello (PSB) abordou as vagas em creches municipais. Disse ter recebido, por meio do WhatsApp, reclamações de que, em algumas unidades, haveria superlotação.
Também alegou não ter tido a entrada permitida em uma unidade do município. Indignado, o parlamentar disse que chamou a Polícia Militar e a Guarda Civil Municipal para registrar boletim de ocorrência.
Na discussão, Bossolan disse ter estranhado o episódio e afirmado não acreditar em impedimento. O assunto gerou manifestação de Ronaldo José da Mota (PPS), que relatou ser necessário agendamento para visitação nas unidades de ensino infantil da rede municipal. Segundo ele, a pasta tem um protocolo que precisa ser seguido.
A conservação de bairros entrou na discussão com fala do presidente da Câmara. Luís Donizetti Vaz Júnior (PSDB) repercutiu requerimento apresentado por ele no qual pede limpeza do Residencial Alvorada.
O vereador disse ter recebido informações, da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura, com o cronograma das intervenções programadas para o município.
Já Valdeci Antonio de Proença (PTN) voltou a pedir recapeamento nos Jardins Lucila e Wanderley, e a construção da praça Mário Coscia, prevista em projeto.
Em seguida às discussões, os vereadores votaram 48 indicações e 16 moções de aplausos e congratulações, uma delas ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. O tucano foi homenageado por ocasião da inauguração das obras viárias na rodovia Antônio Romano Schincariol (SP-127).