Da reportagem
Na sessão ordinária da noite do dia 27 de novembro, os vereadores da Câmara de Tatuí deliberaram e votaram favoráveis 20 indicações, 96 requerimentos e 2 moções.
Um dos assuntos questionados em tribuna foi a falta de medicamentos na Assistência Farmacêutica da cidade. Em razão disso, parlamentares direcionaram requerimentos à prefeitura e à Divisão Regional de Saúde de Sorocaba, questionando os motivos pelos quais houve atraso na entrega.
Maurício Couto (PSDB) questiona o Executivo para que informe a relação de medicamentos que tiveram problemas com a entrega e as medidas tomadas a respeito.
João Éder Alves Miguel (MDB) disse ter estado na “Assistência” na semana passada para “tentar entender as dificuldades que os funcionários vivenciam no dia a dia”.
Ele acentuou que alguns medicamentos são enviados diretamente pelo estado para o departamento destiná-los à população. No entanto, afirmou que tanto o Executivo quanto o Legislativo têm de “pressionar” a DRS para providências e soluções.
“Não é justo a pessoa que depende de medicamentos ter de esperar um mês para receber o remédio, o qual, na maioria das vezes, é superimportante para a manutenção da vida e da qualidade de saúde dela”, argumentou.
Fábio José Menezes Bueno (PSDB) disse “esperar por melhora” na gestão da Secretaria de Saúde após ter sido anunciada, na semana passada, a troca da equipe de funcionários do órgão. “Espero que, com essa troca, melhore a situação”, declarou.
Ainda comentou que ele e outros parlamentares receberam ligação de um munícipe questionando-os sobre o motivo da falta de medicamentos básicos nas unidades de saúde.
Antonio Marcos de Abreu (PSDB) parabenizou os vereadores pela preocupação com a falta de medicamentos na Assistência e informou que ele fora o responsável pela criação do departamento na cidade, à época gerida pelo Núcleo de Gestão Assistencial do estado (Ersa 37), tendo a prefeitura assumido a gestão plena de saúde por meio da aprovação do então Conselho Municipal de Saúde.
Ele explicou que, nessa época, ele fazia parte da equipe que participou da integração do município aos programas Dose Certa, Saúde Mental, Tuberculose, Hanseníase, DST/Aids e do de alto custo, sendo o estado, em parceria com o município, o responsável pelo fornecimento dos medicamentos.
Abreu apontou que a falta de remédios desses programas é recorrente em todas as gestões municipais. E afirmou que a falha na entrega “atrapalha a vida das pessoas que necessitam do benefício”.
Contudo, sustentou que o problema pode ser resolvido com a união dos parlamentares nas cobranças direcionadas ao estado. “Nós não podemos nos acomodar aceitando essas faltas”, declarou.
Drenagem
As obras de drenagem na rua Teófilo Andrade Gama também foram abordadas pelos vereadores. Paulo Sérgio de Almeida Martins (PRTB) comentou sobre o empréstimo de R$ 30 milhões, pela prefeitura, para a compra de maquinários a serem utilizados no serviço.
Também disse ser necessária informação à população sobre como esse valor é recebido pela prefeitura. E lembrou que o dinheiro não vai para os cofres do Executivo.
Segundo ele, após o processo de licitação, a empresa fornecedora realiza a entrega das máquinas para a administração municipal e, somente após esse processo, o banco destina o recurso diretamente ao fornecedor.
“E nós (vereadores) ficamos muito felizes em termos participado da aprovação desse empréstimo que foi feito para melhorar a qualidade de vida e a mobilidade da nossa cidade”, declarou.
Almeida Martins informou que, para as obras de drenagem asfáltica do Jardim Santa Rita de Cássia, iniciadas no dia 28 de novembro, foram adquiridas dez máquinas, das quais três já entregues e sendo utilizadas no serviço.
De acordo com o prefeito Miguel Lopes Cardoso Júnior, integrarão as obras de drenagem a construção de 30 novas “bocas de lobo” quádruplas, as quais possuem guias, chapéus e grelhas.
Além disso, as ruas receberão 7.700 metros quadrados de pavimentação, sendo feitas com 30 centímetros de base, mais nove centímetros de massa asfáltica.
Leandro de Camargo Barros (Cidadania) reiterou as declarações de Martins sobre a disponibilidade de recursos ao pagamento das máquinas.
Ele salientou que a destinação dos valores a serem pagos ao fornecedor é feita entre a empresa e o estado, em razão de o empréstimo ter sido feito por meio da agência de fomento do governo do estado de São Paulo, o “Desenvolve São Paulo”.
As obras de drenagem no entorno do Clube Renascer da Terceira Idade, no bairro Doutor Laurindo, também foram apontadas pelo vereador.
De acordo com Barros, os serviços no local foram interrompidos devido à presença de uma tubulação de gás natural, não sendo possível a continuidade da obra da forma como estava sendo feita. “O trabalho da tão sonhada drenagem, de mais de 40 anos, terá de ser feito de alguma outra forma”, acentuou.
Micheli Tosta Gibin Vaz (Progressista) parabenizou o Executivo pelas obras de drenagem, as quais farão com que os moradores do Santa Rita “não mais vivenciem momentos de angústia no período de chuvas”.
“Os trabalhos de drenagem ficam embaixo da terra; muitas pessoas não veem. Nós precisamos de homens na política que tenham coragem de fazer a coisa certa. Vai trabalhar embaixo na terra, sim, e não tem importância (não ser notado), mas o serviço está sendo bem-feito”, declarou.
Márcio Antônio de Camargo (PSDB) disse que vai “acompanhar de perto” as obras de drenagem e apontou o atraso no início delas.
Segundo ele, a placa informativa do início das obras foi instalada no dia 1º de setembro. No entanto, afirmou que já eram para terem sido iniciadas no dia 16 de agosto.
“Agora, com o início das chuvas, complica a execução dos serviços. Mas, vamos acompanhar os trabalhos. Espero que sejam bem-feitos, porque a população do bairro espera há anos pelo serviço”, argumentou.
Camargo lembrou, ainda, que a verba para o custeio das obras foi direcionada à cidade por meio de uma emenda parlamentar do então deputado federal Samuel Moreira (PSDB).
Renan Cortez (MDB) disse esperar que a obra de drenagem, “por tanto tempo aguardada com anseio pelos moradores da região”, seja executada da mesma forma que todas as outras já realizadas pelo Executivo. Ele observou que muitas foram executadas de “forma tardia”, no entanto, sustentou que nenhuma delas precisou ser refeita.