Câmara de Tatuí aprova aumento da “bolsa aluguel” para ajudar as famílias desalojadas

Casa de Leis entra em “sessão permanente” devido ao estado de emergência na cidade

Diléa Silva

Na noite desta segunda feira, 30, às 19h, os vereadores tatuianos aprovaram o aumento da “bolsa aluguel social”, de R$ 400 para R$ 600, com o objetivo de auxiliar as famílias desalojadas pelas chuvas.

O programa consiste na concessão de benefício financeiro destinado ao pagamento de aluguel de imóvel de terceiros às famílias em situação habitacional de emergência e de vulnerabilidade social, na iminência ou que acabaram de ficar sem qualquer tipo de abrigo.

O aumento foi aprovado considerando o desastre natural ocorrido no sábado, 28. Com a forte chuva que atingiu o município, muitas casas foram danificadas e as famílias tiveram que ser desalojadas, algumas destas casas foram interditadas pela Defesa Civil, e as famílias não poderão, neste primeiro momento voltar para elas.

Conforme justificativa, as famílias tinham dificuldades em encontrar imóveis no valor vigente até então. Desde a criação da “bolsa aluguel social”, em 2014, o benefício era de R$ 400 e não havia sido atualizado.

Após a votação, a sessão foi suspensa, mas não encerrada, como habitualmente ocorre em sessões ordinárias e extraordinárias, de maneira que a qualquer momento os vereadores podem ser chamados para votar outras medidas emergenciais.

Isso ocorreu porque a Casa de Leis entrou em “sessão permanente”. A medida, prevista nos artigos 171 e seguintes, é instrumento excepcional que possibilita que a Câmara permaneça em vigília, acompanhando a evolução dos acontecimentos e pronta para, a qualquer momento, reunir-se em sessão plenária e deliberar sobre os assuntos emergenciais de interesse público.

De acordo com o presidente da Câmara, vereador Eduardo Dade Sallum (PT), ele e a assessoria jurídica da Câmara fizeram o uso do instrumento regimental pela primeira vez.

Segundo ele, com o Legislativo em recesso, não havia condição regimental de convocar sessão extraordinária para votar providências necessárias ao enfrentamento da crise – o regimento interno do Legislativo prevê um espaço de tempo de 48 horas entre a convocação e a instalação da sessão.

Conforme a assessoria de comunicação do presidente da Câmara, Sallum passou a segunda-feira falando com autoridades estaduais e nacionais, principalmente do Partido dos Trabalhadores, sobre a situação de Tatuí e continua “atento e mobilizado até que a situação se resolva minimamente e a cidade retome sua rotina de normalidade”.

“Na tarde do sábado, passada a tempestade, Sallum visitou os locais afetados para avaliar os estragos, pensando nas iniciativas emergenciais possíveis e, em ligação com o prefeito Miguel Lopes Cardoso Júnior, se colocou à disposição para somar esforços na recuperação da cidade em razão dos muitos danos sofridos”, informou a assessoria.