Da assessoria da MF Press Global
Que a pandemia de Covid-19 alterou a rotina e a saúde física e mental do mundo inteiro, não é uma novidade. Novas responsabilidade de higiene, isolamento de amigos e parentes, além do constante medo de adoecer ou perder alguém têm gerado altas cargas de estresse, problema que vem gerando consequências negativas, inclusive na saúde bucal.
Entre uma das disfunções que mais vêm crescendo no consultório da odontologista doutora Patrícia Bertges durante a pandemia está o bruxismo — condição conhecida por um ranger ou forte apertar dos dentes.
“Os pacientes chegam se queixando de muita dor de cabeça e dores nos músculos faciais e geralmente relatam também uma rotina estressante. O que somado aos sintomas, na maioria das vezes é o bruxismo, uma válvula de escape para aliviar tensões do dia a dia”, analisa.
Estima-se que 40% da população sofram com o transtorno, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O percentual, porém, pode ter crescido ainda mais devido à pandemia causada pelo novo coronavírus, isso porque, segundo a dentista, o problema tem relação com alterações emocionais e psicológicas, que tendem a aumentar ou mesmo catalisar o bruxismo.
“É importante estar atento aos sinais do problema, que inicialmente tem um tratamento tranquilo e acessível, com base em placas de proteção evitar o desgaste dos dentes. Caso não tratado corretamente, o bruxismo pode evoluir para problemas ósseos, na região da gengiva ou até mesmo na articulação mandibular”, alerta Patrícia.
Nos casos mais sérios, é possível que o paciente tenha que usar medicamentos, que podem ser receitados após a avaliação com um cirurgião bucomaxilofacial, que trata especificamente de doenças da cavidade oral e anexos.
Além do tratamento, é importante investir na prevenção do bruxismo. Busca por equilíbrio emocional, inclusão de atividades físicas e um tempo para hobbys podem ajudar a minimizar o estresse no dia a dia e consequentemente diminuir os riscos de desenvolver o problema.