Da janela do grande edifício
estendo meu olhar ao céu,
onde a lua branca passeia
vagarosamente com graça e formosura.
São seis horas da tarde.
O manto da poluição paira
sobre o centro da cidade.
Não sei porque essa pressa
da lua em aparecer!…
Seria para surpreender o sol
escondendo-se calmamente,
na fímbria do horizonte,
lá no outro lado da cidade?
Para mim, podem acreditar:
é uma ingênua brincadeira sideral
entre os dois, para embelezar
o crepúsculo desta sexta-feira.