Bombeiros e Defesa Civil terão ganho de tempo no atendimento

Entroncamento entre as ruas Bento Corrêa Antunes e Alfredo Simeão de Oliveira é o único ponto de acesso

O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil estimam ganho de tempo no atendimento à população da região norte de Tatuí. Com a liberação da ponte do Marapé, que passa por processo de reconstrução, tanto a corporação quanto a coordenadoria municipal esperam reduzir o prazo de resposta a chamados.

Desde o início do ano, os bombeiros e membros da DC percorrem rota alternativa para acessar os bairros situados ao norte da cidade.

As equipes tiveram de adotar um traçado mais longo para atender moradores das vilas São Cristóvão e Angélica, Jardim Aeroporto, Jardins de Tatuí e Jardim Gonzaga com a interdição da ponte do Jardim Junqueira, também em reconstrução.

Como o percurso é maior, a resposta dos bombeiros tende a acontecer em tempo “não usual”. É o que explicou o tenente-coronel Miguel Ângelo de Campos, comandante do 15o Grupamento dos Bombeiros de Sorocaba. “Complica a nossa vida. Tanto que criarmos uma estratégia própria para os atendimentos”, informou.

O assunto chegou a ser discutido entre o tenente-coronel e a prefeita Maria José Vieira de Camargo no início do ano. Campos contou que procurara a administração para demonstrar preocupação com a eficiência no atendimento.

“Realmente, tivemos dificuldades de acessar os bairros na parte de cima da cidade, e ainda estamos bastante apreensivos. A liberação da ponte é uma necessidade, mas a prefeita entendeu a nossa preocupação”, ponderou.

De acordo com o oficial, Maria José focou atenção na conclusão da obra. A ponte do Marapé caiu em março de 2016, tendo construção iniciada em junho do mesmo ano, mas paralisada em outubro do ano passado. As obras foram retomadas no dia 10 de março deste ano, com previsão de conclusão para o fim deste mês.

Entretanto, a liberação deve acontecer após as obras de revitalização da avenida Vice-Prefeito Pompeo Reali. O Executivo quer construir uma galeria de águas pluviais entre o primeiro trecho da avenida (onde ficava a “churrasqueira”, demolida em junho) para escoamento da chuva até o ribeirão do Manduca.

A Prefeitura também pretende melhorar a iluminação pública, as calçadas do entorno da ponte e transferir a rotatória do local atual para um mais próximo à avenida Vice-Prefeito Nelson Fiúza, que liga o centro ao Morro do Alto.

Só depois de concluídas todas as melhorias é que a ponte deve ser liberada ao tráfego. Até lá, tanto os bombeiros como a Defesa Civil terão de continuar a usar rota alternativa. “Nós não vemos a hora de a Prefeitura liberar o acesso, porque, realmente, estamos com dificuldades”, salientou.

A maior barreira para os bombeiros é o acesso dos caminhões, por conta da subida. A frota do quartel do município é composta por um caminhão autoescada (viatura para atender incêndios em edifícios), uma viatura autotanque, um caminhão autobomba, um autobomba de salvamento rápido (viatura pequena para atender incêndios em áreas rurais) e uma viatura de resgate. Somente a última não tem grandes dificuldades para utilizar a rota alternativa.

“Em alguns pontos, o aclive é muito forte e os caminhões precisam ser forçados ao máximo para poder subir. O bom é que contamos com apoio da equipe do DMMU (Departamento Municipal de Mobilidade Urbana)”, citou o oficial.

Campos relatou que os agentes e guardas civis municipais facilitam a passagem de emergência dos veículos em determinados pontos. Em especial, no entroncamento entre as ruas Bento Correa Antunes e Alfredo Simão de Oliveira.

“Quando eles percebem que as viaturas estão indo, tanto dos bombeiros como do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), travam o trânsito para que nós possamos passar. A questão é que eles não atuam na madrugada”, comentou.

Fora do horário de trabalho dos agentes e dos guardas, os bombeiros precisam dividir espaço com os demais veículos, sem que seja possível ter prioridade. O mesmo ocorre com a Defesa Civil, conforme citou o responsável pela Comdec (Coordenadoria Municipal de Defesa Civil), João Batista Alves Floriano.

“Estamos bastante debilitados em termos de locomoção, a mobilidade urbana está comprometida, defasada. Com a liberação da ponte, acredito que esta questão será suplantada e tudo deve voltar à normalidade”, destacou.

Para ele, a conclusão da ponte do Marapé dá mais tranquilidade à Defesa Civil. O órgão também espera conseguir reduzir ainda mais o tempo de atendimento – no caso de alagamento por conta de chuvas repentinas – com a conclusão do conjunto de obras do entorno.

Elas incluem a ponte do Junqueira e a transformação da rua Maria Aparecida Santi em avenida com pistas duplas.

“Esta área da cidade é acesso direto tanto da DC, como Corpo de Bombeiros e Samu. Com a liberação, vamos ganhar tempo. É benefício para a Defesa Civil, bombeiros, Samu e para a população”, concluiu o coordenador.