‘Bases comunitárias da GCM seguem abertas’, diz prefeito





Arquivo O Progresso

Bases comunitárias fecham temporariamente para rondas ostensivas

 

“As bases continuam funcionando, em operação. Só que os guardas não ficam muito nelas”. Segundo o prefeito José Manoel Correa Coelho, Manu, este é o motivo pelo qual moradores de bairros como o Mirandas e o distrito de Americana têm visto os espaços comunitários da GCM (Guarda Civil Municipal) fechados.

Em entrevista, o prefeito negou que o Executivo tenha desativado as bases instaladas dentro do projeto de descentralização da sede da corporação – na vila Dr. Laurindo.

Manu sustentou que os locais continuam funcionando e que, por conta de trabalho ostensivo, precisam ser fechados no período das rondas.

O prefeito afirmou, também, que a medida não integra nenhuma “nova política de segurança pública” adotada em Tatuí. De acordo com ele, “nada mudou”.

“Os guardas circulam, não podem – e nem devem – ficar somente nas bases. Enquanto saem para patrulhamento, elas têm de ser fechadas”, argumentou.

A medida chegou a gerar protestos de moradores, via redes sociais e declarações em veículos de comunicação. Os residentes reclamaram do fato de os locais permanecerem fechados, dificultando o acesso à GCM em caso de necessidade.

O prefeito, entretanto, afirmou que as bases não ficam fechadas o dia todo. “Elas ficam vazias, sem os guardas, apenas por alguns períodos no dia”, declarou.

Também conforme Manu, os guardas costumam deixar as bases mais frequentemente nas áreas rurais. Tendem a demorar a voltar por conta da extensão da área de abrangência do patrulhamento. A base dos Mirandas, por exemplo, atende aos bairros Souza, Oliveiras e Congonhal (Cima, do Meio e Baixo).

Os que estão lotados no Jardim Santa Rita de Cássia precisam circular, com viaturas, no Tanquinho, Campinho e Água Branca, além do Novo Horizonte e Queimador.

“As equipes fazem todo um setor. A área rural do município é gigante. É preciso dar atendimento também a essa população”, disse o prefeito.

Manu falou, ainda, que somente depois de concluídas as rondas, as guarnições voltam para as bases. Os patrulhamentos são realizados várias vezes ao dia e planejados no decorrer do tempo em que as equipes ficam nas bases.

Para o prefeito, apesar de provocar estranheza na população, a medida vem ajudando na redução da criminalidade. Manu sustentou que, desde que assumiu a Prefeitura, em 2013, “o índice de crimes caiu, em especial, de furtos”.

“Nós também temos problemas na área rural, mas é possível notar que eles diminuíram muito. Quando nós pegamos o Executivo, tinha muito crime em sítio, até mesmo homicídios. Agora, mais de um ano, isso caiu bem”, declarou.

Manu disse que esses são reflexos das ações realizadas no centro e em regiões periféricas e rurais da cidade. “É por isso que, às vezes, a pessoa vai até uma base e não a encontra aberta, ou não localiza nenhum guarda”, argumentou.

Ainda em entrevista, o prefeito declarou que o modelo de atuação da corporação – que privilegia o patrulhamento de rotina – não substituirá a necessidade da criação de uma base móvel.

“Ela está no nosso plano de governo, continua, e nós vamos implantar a primeira ainda neste ano”, concluiu.