Banco de Sangue de Tatuí­ voltará a fazer coletas a partir de reestrutura





A Prefeitura anunciou que o Banco de Sangue “Fortunato Minghini” deve voltar às atividades normais. Conforme a assessoria de comunicação do Executivo, o espaço retomará, inclusive, trabalhos de coleta de sangue e “de derivados”.

O Executivo definiu, no dia 1º deste mês, os trâmites para revitalização do espaço. As obras de melhoria custarão R$ 200 mil e serão feitas em parceria entre a Prefeitura, a Santa Casa de Misericórdia e o Lions Clube. O clube de serviços levantou fundos através do “braço internacional de Tatuí e Itapetininga”.

Fundado em 1955, o “Fortunato Minghini” passou por inúmeras alterações e readequações. Devido às constantes mudanças do setor e necessidade de atualização dos aparelhos às exigências sanitárias, grande parte dos equipamentos apresenta desgastes e precisa ser substituída por equipamentos mais novos e modernos.

O banco de sangue não realiza mais coletas em Tatuí desde maio do ano passado. A unidade perdeu classificação e, desde então, passou a operar como agência transfusional. Como tal, só tem autorização para armazenar sangue e derivados (plaquetas, plasma e granulócitos). Sem a autorização para coletar material, a unidade apenas segue recebendo sangue coletado em Botucatu.

O sangue que vem ao banco serve tanto à Santa Casa como ao Pronto-Socorro Municipal “Erasmo Peixoto”. Além de Botucatu, cuja coleta é feita pela Unesp (Universidade Estadual Paulista), a unidade recebe sangue de outros dois bancos parceiros. São eles: o HAC (Hospital “Amaral Carvalho”), de Jaú, e a Colsan (Associação Beneficente de Coleta de Sangue), de Sorocaba.

Idealizada e fundada pelo Lions Clube, a unidade recebe apoio do clube de serviços desde a criação. Entretanto, funciona sob responsabilidade da Santa Casa. Em função da crise financeira, o hospital divulgou em 2015 que não teve condições de renovar os equipamentos e fazer a manutenção necessária.

Juntamente com o investimento, a provedora à época, Nanete Walti de Lima, declarou que o hospital precisava aportar mais recursos para contratação de pessoal especializado. Conforme ela, a Santa Casa precisava repor o quadro de serviço em função da aposentadoria da equipe que atuava na unidade.

Em julho de 2015, a Santa Casa anunciou a contratação de uma bioquímica. Também divulgou a necessidade de manutenção dos equipamentos, que não estavam calibrados. Na época, o hospital estimou o valor do recurso necessário somente para a troca dos equipamentos, da ordem de R$ 60 mil.

Entre os equipamentos exigidos para que o banco de sangue possa voltar a coletar, estão uma espécie de “agitador” e uma seladora. O primeiro evita que o sangue coagule; o segundo, usado para fechar bolsas de coleta, evitando contaminação.

A presidente do Lions Clube, Josefina Berti, disse em nota enviada pela Prefeitura que a revitalização trará ao município e à região uma prestação de serviço de qualidade ao doador.

“Sabemos que a doação de sangue é uma atitude solidária, de cidadania e responsabilidade social. O banco de sangue deve ser um local agradável e seguro para fazer as doações, ter excelência no atendimento, comprometimento, integridade, crescimento e aprimoramento contínuo”, declarou.

Para se preparar para a retomada dos trabalhos, a equipe técnica do “Fortunato Minghini” – composta por biomédicos e enfermeiros – começou treinamento junto ao hemocentro da Unesp de Botucatu. O objetivo é a otimização dos recursos e serviços.

A previsão é que, neste semestre, a unidade de Tatuí volte a realizar as coletas.