Da redação
Cerca de 12 mil pessoas, entre famílias em situação de vulnerabilidade e pessoas assistidas por entidades, são beneficiadas pelas ações promovidas pelo Banco Municipal de Alimentos “Zacharias Nunes Rolim”, da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, da prefeitura de Tatuí.
O órgão recebe, aproximadamente, uma tonelada de alimentos por dia, de supermercados e agricultores do município, com o intuito de diminuir o desperdício e garantir a segurança alimentar dos assistidos.
Os alimentos doados passam por processo de triagem, higienização e montagem das cestas, antes de serem entregues à população. Entretanto, parte dos alimentos já é recebida em processo avançado de maturação ou com “lesões” em cascas ou superfícies, inviabilizando o consumo humano.
Em virtude disso, como forma de otimizar o reaproveitamento, os alimentos são usados de forma integral, por meio de processamento, gerando receitas de aproveitamento, como molho de tomate, sopas de legumes, temperos, geleias, doces e compotas.
Assim, conforme a assessoria de comunicação da prefeitura, “garantindo uma alimentação segura, saudável e saborosa para as pessoas, conforme as rígidas normas da Vigilância Sanitária”.
Como resultado dessas ações do Banco de Tatuí, “houve uma redução no desperdício de, aproximadamente, 400 quilos de alimentos por semana, além de aumento da diversidade da dieta das famílias assistidas, bem como o aumento da procura por diferentes tipos de alimentos e de orientações sobre formas de preparos alternativos, inclusive utilizando as folhas, os talos e as cascas dos mesmos”.
De acordo com dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO, em inglês), por ano, cerca de um terço dos alimentos produzidos em todo o mundo (1,3 bilhão de toneladas) não é consumido pela população, ficando pelo caminho em alguma etapa da cadeia de produção ou sendo desperdiçado pelo consumidor final, em restaurantes ou residências.
No Brasil, o desperdício na produção e distribuição ou nas formas de consumo de alimentos afeta diretamente o setor produtivo, com a expansão das áreas de lavouras e pastagens, diminuindo progressivamente as áreas de vegetação nativa e de preservação.
O desperdício também tem consequências indiretas, como a perda de biodiversidade, os processos erosivos no solo e a contaminação do ar e dos lençóis freáticos, por pesticidas e adubos minerais.