Antecipando a distribuição de 360 mil cupons junto aos comerciantes associados, o presidente da ACE (Associação Comercial e Empresarial), Eric Proost, informou que a diretoria da entidade já está formatando como será promovida a próxima campanha de estimulo às vendas, destinada ao Dia das Mães.
Desde o começo do ano, Proost conta que a diretoria tem avaliado as campanhas anteriores e acabou por decidir que as ações do Dia das Mães acontecerão conforme ocorreram no Natal. A principal mudança foi o aumento das premiações.
Com essa diluição dos prêmios, que acabaram contemplando mais pessoas e os próprios funcionários das empresas, a ACE identificou maior procura dos clientes pelos associados, cujos estabelecimentos são identificados como parceiros da campanha.
“Percebemos que, mais importante que o valor, era o total de sorteados”, comentou Proost. Em razão disso, a Associação Comercial estará sorteando dois prêmios de R$ 1.000 cada, para dois consumidores.
Além disso, haverá outros dois prêmios, no valor de R$ 300, a serem destinados aos vendedores que vierem a atender os futuros consumidores sorteados.
O início da campanha ainda não tem data definida, mas a ACE prevê que a distribuição dos cupons que darão direito ao sorteio dos prêmios deve começar, aproximadamente, 20 dias antes da data comemorativa.
Com cerca de 360 associados, a ACE espera efetivar a distribuição de 360 mil cupons, os quais serão levados para sorteio em torno de uma semana depois do Dia das Mães, em evento público.
O presidente reforça o fato de que a campanha organizada pela ACE beneficia a todos os associados indistintamente e sem qualquer custo. A associação distribui cerca de mil cupons para cada empresa, os quais são preenchidos pelo consumidor e pelo vendedor que o atendeu.
Posteriormente, os cupons sorteados vão garantir os prêmios. Proost ainda informa que, em todas as épocas comemorativas que implicam em fomento das vendas, a ACE realiza as campanhas sem custo aos lojistas, que ainda recebem cartazes identificando as ações e divulgação em vários veículos de comunicação.
“Divulgamos de uma forma que atinja toda a população, e recebemos, pelos próprios associados, relatos de que o consumidor chega nas lojas e pede o cupom, pergunta se ela faz parte da campanha da Associação Comercial”, garante o presidente.
Outro aspecto comentado por Proost é a adesão dos funcionários às campanhas, particularmente a partir de quando, há um ano, foi modificada a dinâmica das ações, também os premiando.
“Quando entendemos que o vendedor também podia ser um aliado para divulgar as campanhas, no boca a boca, diretamente com o cliente, isso ajudou ainda mais”, conta o presidente.
Com a mudança, houve entendimento junto ao Sindicato dos Comerciários, que começou a participar das ações, estimulando os funcionários e contribuindo com os prêmios. “Isso acabou elevando o número de cupons, até porque os próprios vendedores ajudam a divulgar as campanhas”, apontou Proost.
Os prêmios ofertados por meio dos sorteios ainda se revertem em benefício aos lojistas, uma vez que, quando procurados para a troca dos cupons sorteados, eles acabam, na prática, vendendo os produtos que comercializam.
Pela promoção da ACE, nesse caso, o lojista entrega os produtos conforme o valor deles e dos prêmios e, posteriormente, recebe da associação o equivalente ao somado em cupons.
Com esses “vales”, “o consumidor vai gastando, seja em farmácias, supermercados, em materiais de construção, na loja de roupas, ou mesmo para pagar alguma conta”, observa o presidente.
Diante do benefício de poder participar das campanhas, Proost destaca o pequeno investimento do lojista para integrar-se à ACE, que parte de uma mensalidade de perto de R$ 37, dependendo da natureza da empresa.
Com isso, o presidente aponta outras vantagens: “Um dos benefícios são essas campanhas, que divulgam as lojas. Fora isso, a associação tem uma gama de serviços, como plano médico, gráfica com preços diferenciados, além de publicidades com custos reduzidos”.
Na prática, este benefício implica em investimento compartilhado, pelo qual a ACE se responsabiliza por uma parte da publicidade e o lojista, por outra.
“Fora isso, ainda há a carta de negativação, consulta de CPF, que possibilita ao lojista saber se deve ou não conceder o crédito, um serviço feito pela Boa Vista, empresa de São Paulo”, detalha Proost.
O presidente ainda reitera que a ACE é a maior parceira do Sebrae em Tatuí. “Foi a associação que trouxe o Sebrae à cidade, junto com a Prefeitura”, lembrou.
“Ele traz cursos excelentes para os lojistas, de marketing, fluxo de caixa, administração e outros. Fazendo parte da ACE, você acaba tendo uma afinidade maior com o Sebrae, porque o Sebrae está dentro da Associação Comercial”, detalhou.
Dia da Mulher
Neste ano, para marcar o Dia da Mulher, representantes da entidade percorreram o comércio, dia 8 de março, distribuindo doces para as funcionárias.
“Nossa intenção, além de se voltar para os nossos clientes, também busca o retorno para os associados. Então, fomos até eles, no Dia da Mulher, para fazer um agrado, distribuindo alguns mimos para as funcionárias dos estabelecimentos”, contou o presidente.
“Queremos não apenas ajudar a levar os clientes para as lojas, mas, também, buscamos levar um abraço amigo aos lojistas que estão com as portas abertas, que acreditam no trabalho da Associação Comercial”, acrescentou.
Vendas
Proost informou que as vendas do Natal do ano anterior já tiveram certo crescimento em relação a 2016, embora ainda não tenham atingido o desempenho do ano retrasado.
Observando o reaquecimento no comércio, Proost se mostra otimista para os próximos meses. “Quem está aberto é sinal de que está bem. Infelizmente, há os que não acreditaram ou que não puderam levar em frente seus negócios”.
O presidente também aponta as oportunidades abertas pela crise, como os aluguéis mais baratos em espaços próximos ao centro. “Criou-se oportunidade para aqueles que estavam mais longe e quiseram se centralizar”.
“Houve muitas mudanças, com lojas se localizando melhor, ou mesmo sendo atraídas por custos menores de aluguéis. Hoje, na rua 11 de Agosto, o principal local da cidade, ainda se vêm pontos fechados, mas acredito que, em muito pouco tempo, a situação deve voltar a um patamar normal. Acho que o trem do comércio está nos trilhos”, comentou.
Com relação às negativações – que podem ajudar a indicar a intensidade das vendas -, Proost observou que, em razão das novas facilidades para esse serviço, que pode ser formalizado até por meio do envio de cartas simples ao inadimplente, o volume de registros aumentou consideravelmente.
Isso, contudo, não indica mais vendas, apenas que a negativação se tornou menos burocrática. “Esse crescimento foi muito grande, principalmente porque havia muita gente que sabia que era muito difícil a negativação. Então, abusavam do comércio, não pagavam”, argumentou o presidente.
Sobre os índices de demissões identificados pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que apontou 11 perdas de postos de trabalho em Tatuí no início do ano, o presidente sustenta ser normal, nesse período, as demissões em maior escala.
“O volume de vendas é maior no final do ano. Então, as pessoas são contratadas, mas, chega janeiro, é natural que aconteçam as demissões”, comentou. “O funcionário que enxerga isso agarra a oportunidade para não ser mandado embora no início do ano”, complementou.
“Março é praticamente o mês em que começa o ano. Muitas coisas se definem a partir deste mês no Brasil inteiro”, declarou o presidente, lembrando já terem passado o período de férias e o Carnaval. “Tudo começa em março, e creio que 2018 tem tudo para dar certo. Isso apesar de ouvirmos falar que ano de eleições e de Copa do Mundo, em alguns setores, acaba atrapalhando. Mas, para uns; outros, não. No geral, acho que 2018 será bem diferente dos últimos anos, melhor”, concluiu o presidente.