‘Apoio é exceção, diz edil que sinaliza uma ajuda menor em 2018

“Abrimos um precedente. Lembramos que poupamos tudo e que o apoio é uma exceção e não uma regra”. A afirmação do vereador Luís Donizetti Vaz Júnior (PSDB) diz respeito à devolução antecipada, acordada pela Câmara com a Prefeitura, para a recuperação da estrada que dá acesso ao bairro Congonhal.

O presidente da Casa de Leis afirmou, em entrevista a O Progresso, que a ajuda se deve a uma urgência. Também argumentou que o Legislativo só conseguiu apoiar a Prefeitura porque deixou de realizar ações em benefício dos vereadores. “Não fizemos nada na Câmara do que estava previsto”, acrescentou.

De acordo com o parlamentar, em 2018, a Câmara deverá continuar o projeto de parceria com a Prefeitura. Entretanto, em escala menor. Vaz Júnior afirmou que, no ano que vem, o Legislativo terá outras responsabilidades financeiras.

“A devolução deverá ser menor, tendo em vista os encargos trabalhistas (férias dos assessores parlamentares)”, pontuou.

Contratados no início de 2017, os 17 assessores devem receber as férias (relativas a um ano de trabalho) a partir de 2018. A Câmara terá, ainda, como encargos, reformas estruturais do edifício “Presidente Tancredo Neves”. A mais urgente é a troca de uma parte do telhado.

Mesmo precisando das mudanças, Vaz Júnior afirmou que os vereadores acordaram em abrir mão das melhorias para auxiliar o Executivo em questões emergenciais. Ao todo, a Câmara vai devolver à municipalidade R$ 1,5 milhão. “O montante pode passar disso”, disse o presidente.

“A Câmara precisava fazer algumas reformas, mas deixamos de adotar as medidas, promovendo cortes de gastos que consideramos excessivos”, complementou.

Além das reformas, a Câmara precisa de mais duas salas, sendo uma delas destinada a reuniões. Vaz Júnior alegou que os parlamentares não contam, atualmente, com espaço apropriado para receber empresários e população.

De modo a viabilizar a devolução considerada “a maior dos últimos tempos”, o presidente disse que contou com a compreensão de todos os funcionários.

“A iniciativa é única e exclusiva da presidência, que é quem diz o caminho financeiro da Câmara, mas claro que eu precisei contar com o apoio da mesa, e, também, da compreensão dos demais vereadores e funcionários”, apontou.