Apodet realiza projeto visando apoio ao judô paralí­mpico





Duas vezes por semana, pelos próximos meses, a Apodet (Associação das Pessoas com Deficiência de Tatuí) deverá abrir suas portas para atividades diferenciadas. Reconhecida como entidade de utilidade pública municipal, ela receberá deficientes visuais para aulas que visam estimular uma prática esportiva.

Para isso, a associação está “convocando” pessoas com perda parcial ou total da visão interessadas na prática de judô paralímpico. As aulas acontecerão na sede da instituição, à rua Coronel Aureliano de Camargo, 704, no centro.

Os deficientes devem procurar a associação para realizar a inscrição. Na ocasião, poderão conhecer mais detalhes a respeito da modalidade, um pouco mais sobre o trabalho da instituição e a respeito dos profissionais que trabalham nela.

De acordo com a CBJ (Confederação Brasileira de Judô), o judô é a primeira modalidade de origem asiática inserida no programa paralímpico. A modalidade estreou nas Paralimpíadas de Seul, na Coreia do Sul, em 1988. Na época, apenas homens competiram. As mulheres entraram em Atenas, em 2004.

No Brasil, a modalidade é comandada pela CBDV (Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais). No âmbito mundial, o judô é administrado pela Federação Internacional de Esportes para Cegos, a IBSA, na sigla em inglês. A instituição foi fundada em Paris, na França, no ano de 1981.

Segundo a confederação, no judô paralímpico as disputas são divididas por categorias de peso, da mesma forma que acontece no judô olímpico. A diferença é que, além da divisão por peso, há uma classificação por grau de deficiência visual.

Os atletas tanto na categoria masculina como na feminina são divididas em três classificações. Todas, começando pela letra “B”, em referência à palavra “blind”, que é “cego” em inglês. Outra peculiaridade é que no judô paralímpico os atletas já iniciam a luta em contato com o quimono do oponente.

A Apodet tem como uma de suas missões o uso de recursos técnicos para a formação de deficientes visuais. O objetivo é incluir os atendidos na sociedade para que eles possam usufruir do “direito de ir e vir”.

Em sua unidade, a associação oferece aulas e cursos de mobilidade, braile (língua brasileira de sinais), computação e mantém equipe de atletismo em várias modalidades. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 3305-2461.