A ampliação do centro cirúrgico da Santa Casa de Misericórdia é a próxima meta da equipe do “Abrace a Santa Casa”. O projeto deve ser estendido para atender às necessidades do espaço onde ocorrem as cirurgias. A intenção é permitir mais procedimentos e, consequentemente, maior receita financeira.
Desenvolvido pelo Fusstat (Fundo Social de Solidariedade de Tatuí) em parceria com a Prefeitura e a sociedade civil, o “Abrace” tem coordenação da conselheira Alessandra Vieira de Camargo Teles.
Ela antecipou a O Progresso que a equipe deve começar a mobilização para reforma do centro cirúrgico a partir da conclusão do projeto “Adote um Quarto”.
Esta ação (reportagem nesta edição) deve ser concluída em fevereiro do ano que vem. A previsão da equipe é de entregar os 11 primeiros quartos, com um total de 33 leitos, até o mês que vem. A data de cessão não está definida. Os demais quartos serão concluídos em janeiro e fevereiro.
A prefeita Maria José Vieira de Camargo confirmou a intenção do Fundo Social e disse que a Prefeitura contribuirá com a iniciativa. As voluntárias do Fundo Social devem verificar, inicialmente, quais equipamentos são necessários para que o centro possa funcionar adequadamente.
Em seguida, o grupo de trabalho fará um levantamento do que precisa ser feito de obra física (e se há necessidade). A reforma permitiria ao hospital ampliar o número de cirurgias ofertadas. Com isso, existe a possibilidade de melhorar a renda mensal.
“Desafoga a demanda que está reprimida, que nós recebemos da gestão anterior, e auxilia o hospital a ter um acréscimo na receita”, enfatizou a prefeita.
Já prevendo as reestruturações, ela mencionou que a Santa Casa também trocou, recentemente, equipes médicas que atuam nas cirurgias ortopédicas e na UTI (unidade de terapia intensiva). Também de acordo com Maria José, a substituição permitiu à Prefeitura “quase zerar” a fila de espera por operações.
“Com essa equipe nova, nós quase zeramos as cirurgias que estavam paradas. Se eu não me engano, o hospital já realizou, até a segunda semana do mês, 22 cirurgias. Algumas delas, atendendo pacientes que estavam internados havia 45 dias. No momento, estamos em dia com elas”, ressaltou.
Por determinação da prefeita, o hospital – que está sob intervenção municipal desde 31 de maio – mudou o esquema de trabalho dos médicos plantonistas.
Os profissionais que davam retaguarda à Santa Casa cumpriam o expediente à distância. Desde o mês passado, eles atuam in loco, em esquema de 24 horas.
A reforma do centro cirúrgico deve ser viabilizada apenas a partir do ano que vem e está orçada em R$ 950 mil. Entretanto, a coordenadora do “Abrace” antecipou que o Fundo Social já tem três doadores em potencial.
Eles devem contribuir com a compra de um foco cirúrgico LED (diodo emissor de luz). O equipamento permitiria novas cirurgias e o desmembramento do “centro básico” em mais três centros cirúrgicos, inicialmente.
“Atualmente, a Santa Casa tem apenas um centro em funcionamento, mas com capacidade para abrigar até quatro. Teremos quatro centros ao todo”, antecipou Alessandra.
De acordo com ela, apesar de atender às necessidades do hospital, o foco da campanha do Fundo Social é o resgate da credibilidade da instituição.
Alessandra e a equipe do Fusstat, presidido pela professora Sônia Maria Ribeiro da Silva, esperam que a população passe a crer na administração da Santa Casa e, a partir disso, promova doações constantes de forma a mantê-la funcionando.