Da reportagem
Alunos do Conservatório de Tatuí iniciaram, no sábado passado, 25 de novembro, greve em apoio aos moradores do alojamento da instituição.
A ação acontece em virtude do anúncio feito pela Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativa do estado no dia 27 de outubro, de que seria fechada a moradia coletiva na cidade no dia 31 de janeiro de 2024.
De acordo com os alunos, a paralisação foi decidida por votação entre eles, após receberem a ordem de despejo. Eles afirmam que a ação deve prolongar-se até que a decisão de devolver o alojamento seja tomada.
Em razão da greve, todos os grupos artísticos da instituição foram paralisados, concertos, cancelados e as aulas, tanto presenciais quanto online, suspensas. No entanto, os alunos têm mantido algumas apresentações teatrais e musicais nas dependências do alojamento.
Em nota à imprensa, a Sustenidos, organização social que gerencia o Conservatório, informou que, na segunda-feira, 27 de novembro, reiterou aos alunos que as “atividades letivas seriam mantidas, e que nem a equipe nem os professores aderiram à greve”. Já sobre as reivindicações dos alunos, a organização não comentou sobre o caso.
O prefeito Miguel Lopes Cardoso Júnior disse, em redes sociais, que, a pedido do Conselho Municipal de Cultura, reuniu-se com alguns alunos do Conservatório para uma conversa sobre o alojamento.
No encontro, que aconteceu na quinta-feira, 30 de novembro, no paço municipal, Cardoso Júnior afirmou que a prefeitura “está do lado dos estudantes e que eles não sairão do alojamento se não forem encaminhados em segurança para algum lugar igual ou melhor”.
A reportagem do jornal O Progresso de Tatuí também buscou informações sobre a greve junto à Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativa, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição (sexta-feira, às 17h).