Abri o álbum antigo,
sacrário de tantas recordações,
à procura de algum verso,
ou de algum poema esquecido
nesse pequenino museu do meu tempo…
A cada página folheada,
uma emoção, uma saudade,
a redescoberta do tempo vivido,
até que encontrei, por acaso,
tua foto de primeira comunhão…
Fechando o velho álbum,
fechei, também, meus olhos,
e, com lágrimas a escorrer
vagarosamente em meu rosto,
murmurei no fundo do coração:
Deus te abençoe, meu filho,
tu és o poema que eu buscava!