
Agência Viva
O processo de emagrecimento vai muito além da balança: ele está diretamente ligado à saúde mental. A nutricionista Andrezza Botelho explica que a relação entre corpo e mente é bidirecional. “A obesidade pode gerar quadros de depressão, ansiedade e baixa autoestima, ao mesmo tempo em que o estresse e a ansiedade dificultam o emagrecimento saudável, levando a episódios de compulsão alimentar e escolhas menos nutritivas”, afirma.
Segundo a especialista, a busca incessante por um corpo ideal e o estigma social ainda pesam muito na vida de quem deseja perder peso. Dietas restritivas, quando não acompanhadas por profissionais, podem contribuir para o desenvolvimento de transtornos alimentares como anorexia, bulimia ou compulsão alimentar.
Impactos do emagrecimento na saúde mental
Transtornos alimentares: a pressão estética pode desencadear quadros como anorexia, bulimia ou compulsão alimentar.
Depressão e ansiedade: a frustração diante de resultados lentos, somada à insatisfação crônica com o próprio corpo, aumenta o risco de adoecimento emocional.
Distorção da imagem corporal: redes sociais e comparações constantes geram culpa e baixa autoestima.
Efeito sanfona: oscilações frequentes de peso costumam estar associadas a desequilíbrios emocionais.
Impactos da saúde mental no processo de emagrecimento
Ansiedade e estresse: aumentam a liberação de cortisol, hormônio que favorece o acúmulo de gordura abdominal e estimulam o consumo de alimentos ricos em gordura e açúcar.
Tristeza e frustração: podem levar a episódios de compulsão, transformando a comida em válvula de escape.
Comportamentos automáticos: emoções não gerenciadas prejudicam a mudança de hábitos e a manutenção do peso saudável.
O que fazer?
De acordo com Andrezza Botelho, o caminho para um emagrecimento eficaz e sustentável está no equilíbrio:
Buscar bem-estar além da balança: alinhar corpo e mente, priorizando autoestima e qualidade de vida;
Cuidar da saúde mental: compreender que ignorar o aspecto psicológico é um dos principais erros de quem busca resultados duradouros;
Adotar mudanças sustentáveis: investir em alimentação equilibrada, sono adequado e atividade física prazerosa, que impactam positivamente na regulação hormonal, na disposição e na saúde mental.
“Quando entendemos que emagrecer não é apenas sobre estética, mas sobre saúde integral, conseguimos criar hábitos que realmente transformam a vida. O corpo agradece, mas a mente também”, finaliza a nutricionista.