Adolescente esconde gravidez, dá à luz e joga bebê em matagal

Polícia Civil e Vara da Infância e Juventude irão investigar o caso (foto: Gabriel Guerra)

A Polícia Civil e a Vara da Infância e Juventude de Tatuí investigam a localização de um bebê, recém-nascido e do sexo masculino, que foi encontrado morto dentro de um saco plástico, jogado em um matagal próximo a um córrego, no bairro Thomaz Guedes, na sexta-feira, 16.

Uma adolescente de 16 anos confessou que dera à luz no banheiro da casa onde mora, após ser dispensada da escola por não estar se sentindo bem, na quarta-feira, 14. Naquele dia, para ser dispensada, ela disse que estava passando mal devido ao forte calor.

O caso foi descoberto dois dias depois, após o Conselho Tutelar ser chamado e um relatório, produzido pela escola, apontar que a adolescente estava grávida, sem o conhecimento dos pais.  Durante todo o tempo, ela usou uma “cinta elástica” para esconder a gravidez.

Segundo a Conselheira Tutelar Fabiana Cristina Cubas Campo, que acompanhou o caso, após ser dispensada da escola, a jovem foi para a casa de moto-táxi, aonde chegou sentindo dores e teve a criança no vaso sanitário.

“Ela falou que ficou muito apavorada no momento, teve muito medo e que se encontrava sozinha na casa. O bebê não apresentava nenhuma reação, ela pegou um saco de cesta básica e colocou a criança dentro; depois, o colocou em uma mochila, lavou o banheiro e foi jogar o recém-nascido no córrego”, explicou a conselheira.

Antes de ser levada à delegacia, acompanhada da mãe e do padrasto, a jovem levou a conselheira e uma guarnição da Guarda Civil Municipal até o local onde o bebê acabou localizado.

A polícia também apreendeu o celular da adolescente, no qual haveria conversas e fotos a respeito da gestação.

A jovem foi encaminhada ao Pronto- Socorro para a realização de exames e, posteriormente, ao IML de Itapetininga. O saco com a criança também foi levado para ser periciado no IML.

A Polícia Civil irá investigar se a criança nasceu de parto normal ou se a menor fez um aborto. A jovem foi ouvida e liberada na companhia da mãe. O caso também será acompanhado pela Vara da Infância e Juventude e pela Promotoria de Justiça.