Acertos e erros

Aqui, Ali, Acolá

José Ortiz de Camargo Neto *

Caros amigos,

Todas as igrejas e crenças têm acertos e erros.

Pelos seus acertos, ocasionam grande bem, e pelos erros, muito mal.

O principal erro de cada uma, é geralmente atritar com as outras, por achar que só ela é a detentora da salvação, e todas as outras levariam à perdição.

Tomando como exemplo as igrejas cristãs (mas esse fato acontece também em outras religiões) cada uma diz: a salvação está na minha igreja, a perdição nas outras, gerando divisão na unidade espiritual.

É uma situação esdrúxula, pois Deus é um só, Cristo é um só, o Bem, a Verdade e a Beleza constituem uma única unidade, logo todos deveriam girar em torno desse teocentrismo.

Fossem os religiosos todos eles empenhados em servir a Deus, como os santos, e não a si próprios, como muitos, todo o divisionismo entre as igrejas já teria sido resolvido, e o povo estaria em paz.

Afora isso, há alguns erros de doutrina, flagrantes, que aparecem, gerando grande sofrimento para os fiéis.

Posso dar um exemplo: a ideia (Teologia da Libertação), de que Deus ama os pobres, logo os sofredores, os miseráveis, os famintos, como se ele quisesse o nosso mal. E que o progresso material seria até impróprio pare a salvação.

Para se salvar, a pessoa precisaria sofrer bastante neste mundo, ser bem carente de bens materiais, viver doente e miserável, pois os ricos e saudáveis irão todos para a perdição.

Com isso, dividiram a humanidade em bons e maus segundo os bens materiais que possuem e não segundo as virtudes e vícios de cada um.

No outro extremo há as igrejas que pregam que só os ricos são abençoados por Deus (esquecendo que muitos deles amealharam suas riquezas à custa do roubo e corrupção). Com isso caem no mesmo engano de julgar o ser humano pelas posses materiais e não pelo espírito de amor, bondade e caridade.

Precisamos enxergar o ser humano como Cristo o via: no sentido espiritual – e só assim poderá haver a conciliação entre pessoas, instituições e igrejas, o que um dia será alcançado, talvez com a intervenção divina.

Até breve.

* Jornalista e escritor tatuiano.

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