Ação de voluntários leva visita de Papai Noel para a ‘Madre Úrsula’

Evento foi realizado por grupo de funcionários da unidade que distribuíram presentes para os estudantes (foto: arquivo pessoal)

Há três anos, Maria Silvia Franco, a Silvinha, desempenha um papel a mais que o de servidora pública municipal. Funcionária de “carreira” (concursada), ela se desdobra, uma vez por ano, para levar sorrisos a um grupo de crianças.

Silvinha participa de ação voluntária realizada pela Creche Municipal “Madre Úrsula Benincasa”, situada no Vale da Lua. Sempre em dezembro, ela se transveste de Papai Noel, com direito a roupa vermelha, gorro, barba e barriga postiças.

“Foi acidental. A diretora pediu para que nós montássemos um espaço e criássemos um universo natalino. Como Natal lembra o Papai Noel, eu coloquei-me à disposição. Vesti-me de vermelho e branco, e achei muito bom”, contou.

A voluntária explicou que a figura do “bom velhinho” completa a ação beneficente. Todo ano, a creche conta com a colaboração de um doador de brinquedos. Os presentes são incluídos em sacolas e distribuídos por Silvinha.

“Como já existia um colaborador, precisávamos de um Papai Noel. Queríamos oferecer um ambiente mágico para as crianças, mais lúdico”, adicionou.

A ação mobiliza toda a equipe da unidade. Silvinha contou que os funcionários participam da ambientação da creche. Outra característica é que o evento de chegada do bom velhinho também mobiliza as famílias das crianças.

“Os pais são convidados, porque é um dia muito esperado pelas crianças. Não há faltas, todas elas aparecem, querem tirar fotos com o Papai Noel”, descreveu.

Neste ano, a entrega de presentes aconteceu na quarta-feira, 13, data em que Silvinha recebeu cartas das crianças. “É algo que emociona e motiva”, contou ela.

Conforme a voluntária, a figura do Papai Noel foi inserida na creche a partir da transferência dela. Quando chegou à unidade, Silvinha conta que precisou adaptar-se ao “novo universo”. Foi então que ela começou a criar, com a ajuda dos demais profissionais da creche, situações diversificadas com as crianças.

“O trabalho de monitor de creche é muito difícil, porque não é somente olhar as crianças, tem que educar. Existe uma rotina, de meia em meia hora, e a cada tempo é preciso criar situações. Você brinca, conta história, ensina”, detalhou.

O resultado do esforço é o preparo das crianças para o ingresso no ensino fundamental. Silvinha contou que muitas delas mantêm laços afetivos com os monitores. “Hoje, as crianças que aprenderam comigo, enviam-me áudios pelo WhatsApp (aplicativo de conversas para celular)”, relatou.

Apesar de não estar mais na unidade, Silvinha recebeu o convite para participar novamente como Papai Noel, pela diretora da creche, Maria Helena da Coll. “E eu, novamente, fui, e estarei pronta para atender sempre que precisar”, frisou.