Dizia Charlie Chaplin que “a vida é uma peça de teatro que não permite ensaio. Por isso, cante, dance, chore e ria. Aproveite a vida antes que se feche a cortina e a peça termine sem aplausos”.
O teatro retrata a vida ou é a própria vida o grande espetáculo desenrolando-se no monumental palco do mundo?
Nelson Gonçalves, em um samba-canção que fez sucesso estrondoso, afirmava que “este mundo é um teatro, cada qual tem seu papel”…
O teatro é a vida ou a vida é o teatro? – insisto na pergunta.
Toda vez que nos retiramos de uma apresentação teatral e ingressamos na vida prosaica das ruas, sentimos que, ao entrarmos no teatro éramos um; ao sairmos éramos outro.
E aí me indago: o que se passa na alma dos ícones das artes cênicas quando criam arrebatadoras tragédias e comédias que se perpetuam na história da existência humana?
Querem eles, através da ação dos atores e atrizes, música, figurinos, luzes, sombras e cenários, suscitar a compaixão, o terror ou o riso para obter a purgação de nossas emoções?
Desejam purificar o mundo misterioso de nossas emoções?
Não sei. Arte é arte. Ela nos faz rir e chorar no palco de nossas existências e assim vamos vivendo…