Plangem vagarosamente
os velhos sinos da matriz.
Há uma quietude colorindo a praça
com seus bancos vazios.
De repente, as pombas interrompem
o banquete de cada dia
e abrem passagem para a mulher
de chinelo de dedo passar,
na maior calma,
segurando a criança pela mão.
Uma gentileza rara nos dias de hoje
invadidos por automóveis apressados…
Os sinos continuam bimbalhando
e eu sinto uma certa melancolia
na música monótona dos campanários…