A í‚ncora





Saber dos nossos limites, onde começa o meu e termina o seu, torna-se fundamental para o respeito mútuo!

A Âncora

Um escritor inglês, do século passado, conta em uma de suas obras que na praia perto de sua casa, uma coisa muito interessante podia ser vista com frequência: Um navio lançando a sua âncora no mar enfurecido.

Dificilmente existe uma coisa mais interessante ou sugestiva do que essa. Parece estar sob o poder e à mercê delas. O navio dança sobre as ondas.

O vento e a água se combinam para fazer do navio o seu brinquedo. Parece que vai haver destruição; pois se o casco do navio for lançado sobre as rochas, será despedaçado.

Mas observamos que o navio mantém a sua posição. Embora à primeira vista parecesse um brinquedinho desamparado à mercê dos elementos, o navio não é vencido.

Qual é o segredo da segurança deste navio? Como pode resistir às forças da natureza com tanta tranquilidade? A corda à qual ele está amarrado não depende das águas, nem de qualquer outra coisa que flutue dentro delas.

Ela atravessa e está fixado no fundo sólido do mar. Existe segurança para o navio no meio da tempestade porque ele está ancorado!

Não importa quão forte o vento sopre ou quão altas sejam as ondas do mar. A sua segurança depende da âncora que está imóvel no fundo do oceano.

Muitas vezes nos sentimos no meio de uma tormenta, sendo jogados pelas ondas da vida para cima e para baixo e açoitados pelo vento da adversidade.

Parece-nos, às vezes, que não conseguiremos sobreviver a determinados períodos de nossas vidas. Sem uma vida espiritual, a nossa vida é como um navio sacudido pelo mar enraivecido das circunstâncias incontroláveis da vida.

Mas, confiando em Deus, experimentamos sua presença e amor como âncora da nossa vida. Sentimo-nos encorajados e esperançosos. Essa esperança mantém segura e firme a nossa vida, assim como a âncora mantém seguro o barco.

Procura-se

Procura-se uma alma de criança que foi vista, pela última vez, dentro de nós mesmos, há muitos anos.

Ela pulava, ria e ficava feliz com seus brinquedos velhos. Exultava quando ganhava brinquedos novos, dando vida a latinhas, barbantes, tampinhas de refrigerantes, bonecas, soldadinhos de chumbo e figurinhas.

Batia palmas quando ia ao circo, quando ouvia músicas de roda, quando seus pais compravam sorvetes de várias marcas, tudo danado de bom!

Ela se emocionava ao ouvir histórias contadas pela mãe ou quando lia aqueles livrinhos de pano que a madrinha lhe dava quando ia visitá-la.

Chorava quando arranhavam seus brinquedos: Aquele aparelho de chá cheio de xícaras com que servia as bonecas ou os carrinhos de guindaste, tratores e furgões.

Fazia beiço quando a professora a colocava de castigo, mas era feliz com seus amigos, sua pureza, sua inocência, sua esperança, sua enorme vontade de ser uma grande figura humana, que não somente sonhasse, mas que realizasse coisas importantes, em um futuro que lhe parecia ainda tão longínquo.

Onde ela está? Para que lado ela foi? Quem a vir, que venha falarmos ainda é tempo de fazermos com que ela reviva, retomando um pouco da alegria de nossa infância e deixando a alma dar gargalhadas, pois, afinal, ainda que as uvas se transformem em passas, o coração é sempre uma criança disposta a pular corda.

Para não deixar morrer a criança que todos temos dentro de nós. Deixe-a sair, brincar e sonhar uma das poucas coisas que ainda podemos fazer sem ter de pagar impostos! Ache logo sua criança! Feliz domingo Tatuí.