
RAUL VALLERINE
O objetivo da vida não é ser feliz. É se útil, honrado, compassivo, fazendo com que nossa vida, bem vivida, faça alguma diferença! (Ralph Waldo Emerson)
Em algum momento, todos nós nos deparamos com a pergunta: “No que eu sou útil na vida?” Essa reflexão, embora profunda e por vezes desconfortável, é essencial para nos ajudar a compreender nosso papel no mundo, tanto na vida cotidiana quanto no ambiente profissional.
Podemos observar exemplos ao longo da história que demonstram como pequenas ações podem ter impactos profundos.
Madre Teresa de Calcutá, por exemplo, é frequentemente lembrada por seu trabalho com os pobres e doentes, mas sua verdadeira grandeza estava em sua dedicação às pequenas tarefas diárias.
Ela não começou sua jornada com a intenção de mudar o mundo inteiro, mas sim com a intenção de ajudar uma pessoa de cada vez. Ao alimentar os famintos, cuidar dos doentes e consolar os moribundos, ela exemplificou como atos de bondade, aparentemente insignificantes, podem transformar vidas.
Outro exemplo é o de Mahatma Gandhi. Antes de liderar a independência da Índia, Gandhi realizou pequenos atos de resistência pacífica, como a Marcha do Sal.
Esse evento, que pode parecer apenas uma simples caminhada, foi na verdade um poderoso ato simbólico contra a opressão colonial.
No nosso dia a dia, essas lições se aplicam de maneira semelhante. Pense nas pequenas atitudes que você tem ao longo do dia.
Ajudar um colega de trabalho que está sobrecarregado, ouvir um amigo que precisa desabafar, ou até mesmo oferecer um sorriso a um desconhecido. Embora essas ações possam parecer triviais, elas têm o poder de transformar o dia de alguém.
Imagine um líder de equipe que, ao invés de se concentrar apenas nos grandes projetos, dedica tempo para reconhecer o esforço de cada membro da equipe.
Essa simples atitude pode motivar os outros a se esforçarem mais, criando um ambiente de trabalho mais positivo e produtivo. Ou considere a gentileza de um vizinho que, ao perceber que você está tendo um dia difícil, lhe oferece um gesto de apoio.
Esses pequenos atos podem não ser registrados em livros de história, mas são fundamentais para o tecido social que nos une.
Esses exemplos nos ensinam que ser útil não exige fama ou grandes feitos, mas sim um coração disposto a contribuir, seja em grande ou pequena escala. A verdadeira utilidade se manifesta quando reconhecemos o valor das pequenas ações e as realizamos com intenção e compaixão.
Em um mundo onde muitas vezes buscamos o extraordinário, é importante lembrar que as pequenas ações diárias são, muitas vezes, as mais poderosas.
Lembre-se de que ser útil no trabalho não se trata apenas de cumprir tarefas ou atingir metas. É sobre como você pode, através de sua singularidade, melhorar os processos, apoiar seus colegas, liderar com empatia e inovar de maneira que todos se beneficiem. Abraham Lincoln, um dos presidentes mais reverenciados dos Estados Unidos, foi um mestre em usar sua compreensão das pessoas e seu senso de justiça para guiar uma nação durante tempos de grande divisão.
Lincoln não era apenas um líder; ele era útil porque entendia profundamente como aplicar suas habilidades e conhecimentos para o bem maior. Refletir sobre a utilidade pessoal, portanto, é uma prática que nos conecta ao nosso propósito mais profundo.
Ela nos dá clareza sobre o impacto que queremos causar e nos proporciona a energia necessária para perseguir nossos objetivos, mesmo quando os obstáculos parecem intransponíveis.
É através dessa reflexão que encontramos a verdadeira motivação para crescer, evoluir e contribuir de maneira significativa para o mundo ao nosso redor, deixando um legado que vai além das realizações materiais e atinge o cerne da existência humana.






