RAUL VALLERINE
Eu sou aquela mulher que fez a escalada da montanha da vida, removendo pedras e plantando flores!
(Cora Coralina)
Desde a origem das civilizações, a mulher ocupava um papel de subordinação. Quando solteira, era posse do seu pai e, casada, passava a ser mandada pelo marido.
Apesar do Código Civil de 1916, no Brasil, por exemplo, a mulher continuou, na maioria das vezes, submetida a um pensamento patriarcal, uma vez que não concedia os mesmos direitos e obrigações a homens e mulheres. E nesse contexto, surge o conceito de ser capaz de tomar decisões sobre o que lhe diz respeito.
A ideia de dependência predominava, fazendo com que as mulheres não pudessem agir com autonomia, precisava da confirmação do marido para que seus atos tivessem validade na órbita civil.
Somente mais tarde, no decorrer dos anos, a mulher conquistou sua independência em relação ao homem. Com o tempo, uma série de sucessivas leis buscaram efetivar essas conquistas.
O espaço que a mulher ocupa hoje foi batalhado com muito esforço, mas há muito ainda o que se fazer.
O século XXI traz uma nova realidade, com mulheres inseridas no mercado de trabalho em diversas áreas, no comando de muitas equipes, independentes, com voz ativa na sociedade e na tomada de decisões importantes no contexto social.
Mulheres com liberdade de expressão. Porém, isso não quer dizer que as desigualdades deixaram de existir. Mesmo de forma mais amena, elas persistem.
Por vezes, e apesar de toda a sua contribuição em família e em sociedade, a mulher ainda é vista como uma força de trabalho secundária. E por isso, a busca de passar a possuir poder feminino é tão importante.
A força de uma mulher nunca foi questionada para dar à luz, criar um ou dez filhos, cuidar da casa, do marido. Mas, então, por que ouvimos que a mulher é o sexo frágil? Me parece tão irreal! O que será que tornou esta frase tão forte?
A mulher sempre foi guerreira, lutadora e desbravadora. Atualmente muitas casas são sustentadas por mulheres que arcam com as despesas mais pesadas senão com todas.
A situação mais comum hoje, é vermos mulheres separadas e divorciadas, mantendo os filhos com pouca ou nenhuma ajuda financeira do pai.
No mercado de trabalho, por inúmeras vezes as mulheres são deixadas literalmente “de escanteio”, nas tomadas de decisões, em processos seletivos internos, intenções de promoções nas áreas ou mesmo nas novas contratações das empresas.
Os motivos das negativas em praticamente todos estes contextos, é inexplicável. Vale mencionar a mulher que está gestante e retorna após a licença maternidade, sendo dispensada logo após a volta ou no máximo, três meses depois.
A data 08 de Março, se comemora o Dia Internacional da Mulher. Esta importante data, celebra as diversas conquistas femininas ao longo dos últimos séculos. Praticamente tudo o que a mulher conquistou até hoje, ela “brigou” por isso: votar, dirigir, trabalhar, estudar, casar etc.
O pior é que até hoje, mesmo com tanta modernidade na tecnologia e nas ideias e pensamentos das pessoas, a mulher ainda necessita romper barreiras, transpor obstáculos, para ter direito a equidade de gênero no mercado de trabalho por exemplo, entre outras situações presentes na atualidade.
A boa notícia é que cada vez, as mulheres estão ganhando espaço em todas as esferas da vida e em muitos contextos, assumindo lideranças importantes como chefe de estado de grandes nações, de empresas internacionais.
O mês de março é lembrado como o mês das mulheres, isso porque no dia 8 é comemorado o Dia Internacional da Mulher.
A data é marcada por lutas em busca de uma sociedade com maior igualdade de gênero. E mesmo que muitos direitos já tenham sido conquistados, sabemos que ainda há muito a se fazer para alcançar uma sociedade com os mesmos direitos políticos, sociais e econômicos.