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Da reportagem
No início da sessão na Câmara Municipal de Tatuí de segunda-feira, 24 de fevereiro, Luiz Ricardo Trevisano (Solidariedade) tomou posse como vereador. Ele é o segundo suplente do partido e assumiu a cadeira anteriormente ocupada por Carlos Eduardo de Alvarenga Viana, nomeado secretário municipal da Assistência e Desenvolvimento Social.
Trevisano teve 531 votos nas eleições municipais de 2024. Ele foi à tribuna e prestou o compromisso regimental, onde prometeu “exercer com dedicação e lealdade o mandato, mantendo, defendendo e cumprindo a Lei Orgânica, observando as leis da União, do estado e do município, promovendo o bem-estar geral dos munícipes e exercendo o cargo sob a inspiração da democracia, da legitimidade e da legalidade”.
O novo vereador agradeceu inicialmente a Deus e à família. “Sou uma pessoa que veio de comunidade e tenho uma história de vida bastante complexa. Passei por inúmeras dificuldades e batalhei muito para chegar até aqui. Por isso, tenho como princípio atender aos anseios dos menos favorecidos”, comentou Trevisano.
Ele ainda destacou que se dedicará às pessoas com deficiência. “Tenho uma filha deficiente, e o meu mandato vai ser voltado a esse tema também”, afirmou.
Em seguida, o parlamentar agradeceu aos eleitores e se colocou à disposição da população. “Agradeço àqueles que confiaram em mim. Foram 531 votos, e eu assumi a vaga na Câmara graças a esses votos”.
“Vou me dedicar a todos, sejam meus eleitores ou não. Meu gabinete está de portas abertas a todos aqueles que precisarem. Estou pronto e serei vereador para a cidade toda”, reiterou.
O presidente da Câmara, Renan Cortez (MDB), disse que foi uma surpresa positiva a chegada de Trevisano. “Conhecemos e acompanhamos o trabalho dele na nossa cidade, principalmente nas comunidades. Será uma voz das comunidades no Poder Legislativo e um porta-voz das pessoas com deficiência, pois ele tem essa vivência, e isso é muito importante. Vai acrescentar aos trabalhos do Legislativo”, argumentou.
De acordo com o presidente, o desafio para o vereador recém-empossado “é grande”. “Para aquilo que for difícil ou mais complexo, Deus vai capacitá-lo. E em relação às qualidades e expertises que ele já tem, Deus vai capacitar ainda mais no dia a dia. Que ele possa contar com o Legislativo, com os demais pares e os funcionários desta casa para que desempenhe os trabalhos da melhor maneira possível”, encerrou Cortez.
A plateia da sessão ficou lotada com mais de cem servidores públicos municipais que se mobilizaram com a expectativa de que houvesse a votação do projeto de lei número 6/2025, de autoria do Executivo, referente ao dissídio do funcionalismo.
Representantes do Sindicato dos Servidores Municipais de Tatuí também estiveram presentes. O projeto foi lido e encaminhado para as comissões permanentes da Câmara.
O projeto visa conceder a revisão geral anual aos servidores municipais ativos, inativos, pensionistas e conselheiros tutelares, no percentual de 4,77%, de forma a contemplar o reajuste estabelecido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
De acordo com o projeto, “a concessão da revisão salarial é uma medida fundamental para valorizar o trabalho dos servidores públicos municipais, reconhecendo sua dedicação e contribuição para o bom funcionamento da administração municipal”.
“Ao garantir um reajuste que acompanha os índices de correção econômica, demonstrando nosso compromisso com a justiça e a equidade salarial. A revisão geral anual é essencial para preservar o poder aquisitivo dos servidores, garantindo que seus salários não sejam corroídos pela inflação e pelo aumento dos custos de vida”, complementa.
Maria Cláudia Adum, presidente do SindServ, enviou ofício ao Legislativo declarando que a proposta apresentada pela administração municipal “não está considerando pontos importantes para uma aplicação justa de reajuste salarial”.
“Hoje, as despesas com a folha de pagamentos representam comprometimentos de cerca de 46% do Orçamento, dados informados pela própria administração, e, com a possibilidade de atingir até 52%, é possível a administração conceder ao menos 5%, no total do reajuste, sem que haja prejuízo”, diz o ofício.
“Destaca-se que a recomposição apenas da inflação não reflete uma recomposição capaz de evitar a perda gradual do poder de compra do servidor, não garantindo a efetiva revisão geral anual disposta pela Constituição Federal. E é de senso comum que o custo de vida está muito alto e toda a população e os produtos de primeira necessidade vêm sofrendo aumentos expressivos”, sustenta o sindicato.
Conforme o texto enviado, sem o aumento real, “não é possível atingir o poder de compra dos servidores”; e, considerando o fato da população pagar impostos para usufruírem de serviços públicos e que são os servidores que realizam os serviços, nada mais justo que os servidores sejam recompensados com a parte do Orçamento que está previsto em lei”, segue a entidade.
“Há necessidade de um percentual de reajuste aos servidores condizente com a valorização dos profissionais, estabelecendo um aumento real digno a toda a categoria, e, assim, solicitar a vossas excelências apoio conjunto para buscar junto ao Executivo uma melhoria da proposta, atingindo um aumento de 10% aos servidores municipais”, finaliza o sindicato.