Por que recusamos o banquete?

Aqui, Ali, Acolá

José Ortiz de Camargo Neto *

Conta Jesus que um homem (Deus) preparou um maravilhoso banquete para seus convidados (que somos nós). Sabemos o que é um banquete; podemos imaginar o que seria um preparado pelo próprio Criador.

Imaginemos o que haveria nessa festa: músicas divinas, saraus de poesia celestial, alimentos espirituais e materiais deliciosos e saudáveis, alegre convívio com seres humanos e angelicais e sobretudo com nosso próprio Pai Celeste, risos, contentamento, pode-se dizer neste caso, a total felicidade.

Conta Jesus que Ele mandou convidar muita gente (e continua convidando até hoje!). Mas um a um os convidados se recusaram! Parece incrível, mas não quiseram ir à festa mais linda que poderia existir!

Ensinou Jesus: “O primeiro disse: ‘Acabei de comprar uma propriedade, e preciso ir vê-la. Por favor, desculpe-me’.  Outro disse: ‘Acabei de comprar cinco juntas de bois e estou indo experimentá-las. Por favor, desculpe-me’. Ainda outro disse: ‘Acabo de me casar, por isso não posso ir’”.

Isso mostra nossa “inversão”: trocamos o perene pelo passageiro, o fundamental pelo supérfluo, e com isso viramos as costas à festa de Deus.

A meu ver, essa festa é a própria vida, que pulsa principalmente em nosso interior; no entanto, não queremos entrar nela de fato, em toda a beleza, verdade e amor que contém. Devido a nossa inveja e ingratidão, preferimos ficar distraídos com coisinhas passageiras.

“O Reino dos Céus está dentro de vós”, como afirmou Cristo mesmo. Ou seja: toda a festa, todo o bem, todo o amor, toda a delícia, toda a música, todo perfume, toda poesia, toda maravilha está no interior de cada pessoa, pois este foi feito “à imagem de semelhança de Deus”.

No entanto preferimos ficar fora dessa festa, fora de nós. Como alienados, que vivem “fora de si”.

De modo que “O único problema, que existe em todo o universo, é o da conduta do ser humano, não importa em qual planeta viva. Estou dizendo que a verdade, Deus, está a nossa frente, dando-nos a mão, conversando conosco, apaziguando nossas angústias, amando-nos, alegre com a nossa presença, fazendo o que pode para nos ajudar. E não queremos aceitá-lo (Norberto Keppe, “A Glorificação”).

Pois é, amigos. O banquete está vivo. O convite está feito. Se o recusamos sem perceber até hoje, penso que já está na hora de aceitá-lo, não acham? Afinal, só depende de nós…

Até breve.

* Jornalista e escritor tatuiano

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