Raul Vallerine
Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo te deixa irritado. Difícil é expressar o teu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende. É assim que perdemos pessoas especiais. (Charles Chaplin)
Aprendemos com os nossos pais que uma das coisas mais importantes na vida é saber “somar” boas amizades e andar em boas companhias.
Aquelas pessoas que sabem reconhecer suas próprias qualidades e fraquezas e sempre estão ao nosso lado em momentos de alegria ou tristeza.
A matemática sempre esteve presente no dia-a-dia da sociedade, mas poucos conseguem perceber a sua importância. Nas relações sociais, no convívio do dia a dia e em todos os momentos ela se faz necessária.
Comparando a vida com as quatro operações da matemática que aprendemos, você só aprende a multiplicar quando aprende a dividir, só consegue ganhar quando aprende a perder, só consegue receber, quando aprende a se doar. São quatro operações, mas que envolve um só resultado, ou seja: O Resultado de Aprender a Viver.
E, na nossa vida moral, podemos utilizar muito das operações aritméticas mais simples. Assim, podemos subtrair um pouco do conforto de algumas horas e aplica-las em benefício do próximo. Agindo assim, somamos méritos para nós mesmos.
Se subtrairmos o orgulho do nosso coração, somaremos humildade à nossa personalidade e a soma final será grandiosa. Subtraindo erros das nossas vidas, somaremos mais anos de paz à nossa existência.
Diminuindo a ironia dos nossos lábios, somaremos piedade às nossas palavras, resultando em compreensão ao nosso semelhante.
Subtraindo a inveja dos nossos olhos, somaremos caridade às vidas alheias, habilitando-nos para a claridade da vida maior.
Diminuindo o mal das nossas horas e multiplicando os minutos em ações abençoadas, nosso saldo será de dias povoados de oportunidades de auxílio.
Com o muito da multiplicação, com o menos da subtração, com o mais da adição e até mesmo com o pouco da divisão.
Por que a vida é mesmo assim, quer queira ou não todos um dia terão que encarar e solucionar os problemas da vida, de forma a obter os resultados exatos ou aproximados, mas que de uma forma ou de outra estará dentro de uma das quatro operações da problemática matemática da vida.
Na vida é preciso somar as alegrias, para poder subtrair a dor nas horas de lagrimas; é preciso multiplicar as forças para poder suportar as fraquezas que vem nos dividir, muitas das vezes ao meio, e nos coloca frente a frente em estado de conflito com a razão e a emoção.
A matemática da vida não é simples. Cada soma é também uma subtração. Quando somamos mais um ano àqueles que já vivemos, subtraímos um ano daqueles que nos restam para viver.
Esperamos demais para fazer o que precisa ser feito, num mundo que só nos dá um dia de cada vez, sem garantia do amanhã.
Enquanto lamentamos que a vida é curta, agimos como se tivéssemos à nossa disposição um estoque inesgotável de tempo.
Esperamos demais para dizer as palavras do perdão que devem ser ditas, para pôr de lado os rancores que devem ser expulsos, para expressar gratidão, para dar ânimo, para oferecer consolo.
Esperamos demais para enunciar as preces, para executar as tarefas que estão esperando, para serem cumpridas, para demonstrar amor que talvez não seja mais necessário amanhã.
Esperamos demais nos bastidores, quando a vida tem um papel para desempenharmos no palco.
Deus também está esperando nós pararmos de esperar. Esperando nós começarmos a fazer agora tudo àquilo para o qual este dia e esta vida nos foram dados. Meus amigos: é hora de viver.