Expografia do MIS de Tatuí Já tem prazo de finalização

Mais uma etapa do Museu da Imagem e do Som deve ser entregue em novembro

Expografia do MIS teve início em 16 de setembro (Foto: AI Prefeitura)
Da redação

A prefeitura, por meio da Secretaria de Esporte, Cultura, Turismo e Lazer, deve entregar mais uma etapa do Museu da Imagem e do Som (o MIS de Tatuí) “Jornalista Renato Ferreira de Camargo” no próximo dia 5 de novembro.

Trata-se da expografia, cuja montagem teve início em 16 de setembro, com recurso captado junto a empresas privadas, “não onerando os cofres municipais”, acentua a assessoria de comunicação do Executivo.

O trabalho foi aprovado pelo comitê consultivo do MIS, criado em 2022. No ano seguinte (2023), em abril, o órgão aprovou, também, o projeto expográfico e o plano museológico apresentado pela Arquiprom e pela Narrativa Um, com a captação de 100% do valor por meio da Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), do Ministério da Cultura.

O MIS, equipamento cultural complementar ao Museu Histórico “Paulo Setúbal”, teve o plano museológico elaborado pela Arquiprom e por Igor Tolofo.

As perspectivas externas terão a história do espaço original, “De Matadouro a Museu – Os Significados de uma Edificação”. A recepção será dividida por uma cortina de teatro, que dará acesso à sala “Memorialistas”.

O museu terá início com o painel “Entre o Ancestral e o Contemporâneo”, com informações das origens europeia, africana e das Américas, por meio dos indígenas, dando acesso à linha do tempo do Conservatório de Tatuí, desde a criação até a atualidade, unificada à cultura nacional.

Haverá, em uma sala maior, um módulo triangular ao centro, dividido em três partes: eixo 1 – “Diálogos entre o Cururu, Hip-Hop e Fandango”; eixo 2 – “Bailes e Baladas”; e eixo 3 – “Festas e Músicas nas Praças e nas Ruas”.

Em outra sala, o tema será “A Era das Comunicações em Massa”, com foco no teatro, nas telenovelas (especialmente na trajetória da atriz tatuiana Vera Holtz), no rádio e na televisão (com destaque para Maurício Loureiro Gama e Toninho Del Fiol), e um módulo focando “A Rádio de Tatuí”.

O MIS também contará com o espaço “A Alma do Instrumento”, que apresentará a luteria da Capital da Música, incluindo uma bancada com as ferramentas para a construção de um instrumento.

A última sala do museu será a denominada “Produção Fonográfica”, com um sistema que simula uma mixagem fonográfica básica, por meio de software específico que permite, dentro de cinco possibilidades, que o usuário realize uma mixagem. Depois, ele ainda poderá, em arquivo de áudio, enviar a mixagem por e-mail como lembrança da visita realizada.

O projeto de comunicação visual, elaborado pela Arquiprom, por Rita Sepulveda de Faria e Pedro Brucz, também foi aprovado pelo comitê consultivo.

Sobre MIS

O MIS de Tatuí foi criado por meio da lei municipal 5.286 e sua sede fica no antigo prédio do Matadouro Municipal, junto ao Complexo Cultural, que abrange também o Memorial do Rugby 1928 “Dr. Gualter Nunes”, na avenida Domingos Bassi, esquina com a avenida João Batista Correia Campos (marginal do Manduca).

No dia 4 de abril de 2024, ocorreu a entrega das obras, aprovadas pelo Conselho Municipal de Turismo (Comtur) e concretizadas graças à assinatura de três convênios entre a prefeitura de Tatuí e o governo do estado de São Paulo.

Eles são: o convênio 341/2019, correspondendo à primeira fase do MIS, com valor do Estado de R$ 373.874,11; o convênio 283/2021, para a segunda fase, em R$ 361.108,44, também do estado; e o convênio 201/2022, para a criação do Memorial do Rugby 1928, que abriga o carro histórico que pertenceu ao médico sanitarista doutor Gualter Nunes, que destinou R$ 615.073,96, advindos também do governo estadual.

A administração do MIS é compartilhada com a gestão do Museu Histórico “Paulo Setúbal”, garantindo o aparelhamento do local, que conta com equipe técnica para operacionalização dos dois equipamentos culturais.

O Museu “Paulo Setúbal”, atualmente, integra o Polo 5 do Sisem-SP (Sistema Estadual de Museus), que compreende 41 unidades museais de 89 cidades.

A Arquiprom, por sua vez, é responsável pela implantação do Museu Histórico “Paulo Setúbal” e é proponente do MIS, sendo a empresa responsável pelo desenvolvimento da produção e da instalação dos projetos museológico e expográfico para a exposição de longa duração, em parceria com a Narrativa Um, conforme o projeto 191.517, cadastrado na Lei Rouanet, cujo valor total por captação é de R$ 922.445,91.

Até abril de 2024, o projeto havia captado parcialmente, sendo realizada uma etapa de pré-produção, pesquisa e projetos museológico, expográfico e de comunicação visual.

Os patrocinadores desta etapa foram: Sorocaba Refrescos, Coop (Cooperativa de Consumo), Fadel Transportes e Logística Ltda e Itaú Social.

Com a entrega das obras da edificação feita pelo Departamento de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios Turísticos (Dadetur), “foi possível estipular metas mais claras e transparentes para a etapa expográfica, que, em junho de 2024, foi aportada pela família Paulo Setúbal”, declara a assessoria do Executivo.

O serviço municipal ainda destaca os integrantes da família, em formato de doação: Alfredo Egydio Setúbal, José Luiz Egydio Setúbal, Maria Alice Setúbal, Olavo Egydio Setúbal Júnior, Paulo Setúbal Neto, Ricardo Egydio Setúbal e Roberto Egydio Setúbal.

Todos esses atos foram apresentados pelo órgão municipal da Cultura aos conselhos que tiveram representantes no comitê consultivo de construção da expografia: Conselho Municipal de Políticas Culturais (https://bit.ly/4gY6iM6), Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico e Artístico de Tatuí (https://bit.ly/47VBuaK) e Conselho Municipal de Turismo de Tatuí (https://bit.ly/3TXaL7W).

O órgão municipal da Cultura informa que, após a etapa da expografia, o Complexo Cultural terá mais duas etapas para funcionamento integral: a montagem do anexo onde funcionará o Setor Educativo e a expografia do Memorial do Rugby “Dr. Gualter Nunes”.

O patrono

“Renato Ferreira de Camargo, nascido em Tatuí no dia 29 de novembro de 1938, foi um ilustre membro da comunidade local”, acentua a assessoria de comunicação da prefeitura.

Filho de Francisco Rozendo de Camargo e Georgina Ferreira de Camargo, e irmão de Roberto, Ruth e Rachel. Casado com Eunice Pereira de Camargo, foi pai de Christian Pereira de Camargo e Renato Pereira de Camargo.

Foi investigador de polícia até a aposentadoria, em 1991, atuando como investigador-chefe da Divisão de Sindicâncias da Corregedoria de Polícia Civil.

Além disso, era bacharel em ciências jurídicas e sociais, pela Fundação Karnig Bazarian, e em comunicação, com habilitação em jornalismo, pela Universidade de Sorocaba (Uniso).

Ele era reconhecido pelo profundo interesse pela história e pela cultura de Tatuí, sendo autor de diversas obras e membro de instituições culturais.

Entre as contribuições, estão livros como “Memórias de Tatuí”, “Achegas para a História Tatuiense” e “Ilustres Cidadãos”, além da participação em pesquisas para a preservação da memória local.

Fora a atuação profissional e acadêmica, Camargo foi membro ativo da comunidade, envolvendo-se em atividades filantrópicas, entidades sociais e maçonaria.

Recebeu diversas honrarias, incluindo o título de “cidadão emérito”, pela Câmara Municipal de Tatuí, e a mais alta condecoração da maçonaria paulista, o mérito “Gonçalves Ledo”.

“Seu legado como pesquisador, escritor e membro ativo da sociedade tatuiana permanece vivo, sendo uma marca indelével na preservação da história e da cultura local”, reforça a assessoria.

“Renato Ferreira de Camargo faleceu em 20 de novembro de 2012, deixando um legado de dedicação e comprometimento com sua comunidade”, conclui o serviço de comunicação municipal.

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