Raul Vallerine
Ao buscar o sentido da vida, não se esqueça que o mais importante é vivê-la! (Marianna Moreno)
O sentido da vida é um questionamento filosófico a respeito do propósito e do significado da existência humana.
Uma quantidade incontável de tentativas para responder qual seria o sentido da vida foram dadas por diversas linhas do pensamento humano, como a religião e a filosofia.
É aquela ideia que parece se “encaixar” especificamente em você, com o seu jeito de pensar e sentir e que é único para cada ser.
O ser humano se utiliza da linguagem para tentar dar esses significados às suas experiências, sendo que esses significados mudam ao longo do tempo e com o amadurecimento, bem como variam de pessoa para pessoa.
É um momento em que fica claro para o indivíduo qual o motivo de sua existência e a diferença que isso pode fazer em sua vida e na das pessoas à sua volta. No entanto, o propósito de vida não é algo a ser “descoberto”, mas, sim, criado ao longo do tempo.
A realidade nos coloca em contato com questões que nem sempre trazem bem-estar e nos leva a experimentar emoções comumente indesejáveis como a tristeza, a raiva e a frustração, as quais precisamos enfrentar e escolher como encarar.
Alguns de nossos desejos são naturais e essenciais, como a fome, o sono e a busca por uma vida que consideramos digna e suficiente para viver.
Diante deles, nos vemos sem escolha a não ser buscar supri-los, já que deles depende nossa sobrevivência e saúde mental.
Já outros desejos podem ser superficiais e até mesmo influenciados pela sociedade e internalizados sem perceber ao longo do crescimento.
A sociedade atual dita, mesmo quando de forma subjetiva, como o ser humano deve ser e se portar, quais metas deveria atingir na vida e o que seria uma vida feliz.
No entanto, cada vez mais pessoas estão insatisfeitas com essas normas do que seria uma vida “feliz”. Casar-se, ter filhos, comprar uma casa e se aposentar não é mais um roteiro para muitas pessoas hoje em dia, que o veem como desatualizado.
A conquista da independência das mulheres trouxe a possibilidade de controle de natalidade, elas conquistaram o mercado de trabalho em todas as áreas possíveis e até mesmo o casamento religioso tem ficado para trás.
As relações humanas parece ser um fator determinante na saúde, no bem-estar e na qualidade de vida percebida pelas pessoas.
Por isso, o medo da solidão tem um papel importante na definição do sentido de vida, já que envolve suas relações com vínculos afetivos, o modo como estes se relacionam e se desenvolvem.
Ter bons e verdadeiros vínculos alimenta o indivíduo de vida, faz com que ele exercite o seu senso de empatia e comunhão, suprindo algumas das necessidades básicas, humanas e universais, tais como o senso de pertencimento e de utilidade perante a sua comunidade.
Para que possa viver de acordo com aquilo que lhe faz sentido, o indivíduo precisa conhecer a si próprio, a fim de saber qual direção quer tomar.
Cada pessoa é única e possui suas próprias peculiaridades, somos todos diferentes em nossas histórias, atributos e desejos, e todas essas variáveis entram na conta na hora de significar a vida.
Ao entrar em contato consigo mesmo, é possível encontrar incongruências, ou questões dentro de si que não estão de acordo com o modo como veem a vida atualmente.
Reflita sobre a sua vida, saia do piloto automático e dê uma olhada em torno e dentro de si e fique atento aos que lhe traz satisfação e realização.
Esteja atento àquilo que você faz de melhor e como pode melhor ajudar a si mesmo e aos demais. Ao buscar o sentido da vida, não se esqueça que o mais importante é vivê-la!