Reflexões

Aqui, Ali, Acolá

José Ortiz de Camargo Neto *

Frase do dia: “As notícias falsas fazem grande mal, mas as notícias em si são o único meio de fazer o bem, pois a mídia honesta é a consciência da sociedade.”

A arte não pode ser só emoção descabeçada, nem só raciocínio frio, mas união de amor e razão em harmonia.

O “politicamente correto” é, quase sempre, incorreto. Muitas vezes, o politicamente incorreto é o certo. Politicamente correto é igual, muitas vezes, a hipocrisia.

Se fomos feitos à imagem e semelhança de Deus, em nosso espírito, evidentemente sentimos, em grau limitado, o mesmo amor que ele sente, a mesma verdade, a mesma beleza.

Ele ama os animais, nós os amamos, ele chama as estrelas pelo nome, o poeta conversa com os astros (Bilac), ele ama cada ser humano, nós também os amamos. E cada vez que damos o contra nessa nossa essência, adoecemos.

A poesia, não as fazemos, apenas as captamos, por isso intelegere (inter – dentro + legere – ler) é ler por dentro, embora haja neste campo muitos analfabetos funcionais (por negarem o que sabem).

O perigo ao combater atabalhoadamente as notícias falsas (“fake news”) é suprimir as verdadeiras (“true news”), confundidas com as primeiras, seja por engano, seja por oportunismo.

Um dos romances mais lindos, mais românticos que li foi “A Moreninha”, publicado em 1884, sobretudo a cena das duas crianças que se conhecem na praia e sonham ficar sempre juntas, numa eterna amizade e amor.

Joaquim Manoel de Macedo, o autor de tão encantadora história, foi o introdutor da ficção romântica em nosso país e escreveu depois muitos outros romances que lhe trouxeram grande fama.

A deseducação atual, na qual são combatidos a crença em Deus, os grandes valores da humanidade, a ética, o amor e respeito aos pais e antepassados, está gerando, é claro, monstros surpreendentes.

Nem podia ser de outra maneira: se cultivamos uma planta, dando-lhe tudo o que precisa, com o tempo crescerá, florirá e dará frutos sadios. Mas se tiramos dela a terra fértil, se lhe vedamos o sol, se lhe tiramos a água, se a deixamos sem cuidado, obteremos apenas um galho seco e inútil, que jamais dará frutos nem para si nem para os demais. Mas a culpada disso não é a planta, somos nós.

ARTE DIVINA

Uma pedra coberta de musgo,

Uma abelha zunindo no espaço

Uma folha vibrando no vento

Uma rosa se abrindo em botão

Uma estrela no céu cintilando

Um luar o caminho clareando,

O orvalho qual névoa no chão.

* Jornalista e escritor tatuiano.

1 COMENTÁRIO

  1. Jose Ortiz de Camargo Neto, admirável artista poeta, discípulo da Consciência, escritor que nos traz a realidade da vida, quem denuncia a inversão psíquica e nos revela o caminho para o bem-estar verdadeiro! Um grande abraço!

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