Da redação
Dia 11, quinta-feira da semana passada, o Museu Histórico “Paulo Setúbal” de Tatuí, da prefeitura, recebeu visita técnica da equipe da Fundação Itaú Cultural para conhecer o trabalho realizado pela instituição local.
Estiveram presentes a gestora do Núcleo de Artes Visuais e Acervos, Sofia Fan, e o coordenador do Núcleo de Artes Visuais e Acervos, Edson Cruz.
Recepcionados pelo diretor municipal de cultura, Rogério Vianna, pelo diretor de museus e memória, Cristiano Guimarães de Camargo, e pela agente cultural e administradora do museu, Maria Augusta Barbará, a equipe da Fundação Itaú Cultural visitou a expografia do MHPS.
No “tour”, que teve início no primeiro andar, “os visitantes se encantaram com o trabalho do setor pedagógico, focado na literatura infantil e no trabalho de contação de histórias, que está sendo realizado pela equipe de monitores educadores”, conforme divulgado pela assessoria de comunicação da prefeitura.
Depois, viram a exposição que narra a formação da cidade, os movimentos populacionais, os primeiros habitantes, os colonizadores e os conflitos gerados por eles, a presença dos tropeiros na região e a história cultural e musical que levou Tatuí ao título de Capital da Música.
A sala de exposições temporárias também foi visitada e, nesse local, acompanharam o trabalho da artista plástica Liliana Reis, por meio da exposição “Âmago”.
No piso térreo, o destaque foi a Sala do Patrono, que descreve a vida e a obra do escritor e jornalista Paulo Setúbal. Nesse espaço, foi citado o trabalho de salvaguarda da memória e a valorização da família Setúbal na terra do “imortalizado” escritor tatuiano.
Ao lado do galardão de posse na Academia Brasileira de Letras, doado por Olavo Setúbal na década de 1960, e de pertences pessoais do escritor tatuiano, “os técnicos se surpreenderam ao conhecer os quatro editais da Prefeitura, que são estruturados para salvaguarda de Setúbal”, segue a assessoria.
Conheceram, ainda, o gabinete de leitura “Nilzo Vanni”, com os escritos originais de Paulo Setúbal; o auditório multimídia com capacidade para 44 pessoas; e a história do edifício da praça Manoel Guedes, construído em 1920, inicialmente projetado para abrigar uma cadeia, que posteriormente sediou o fórum da cidade e é reconhecido pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico e Artístico de Tatuí (Condephat) como patrimônio histórico da cidade.
No subsolo, “se admiraram com a preservação do edifício e a dedicação na salvaguarda documental das participações de tatuianos em conflitos armados na Segunda Guerra Mundial e na Revolução de 1932, bem como com as curiosidades do acervo do museu”, ainda conforme a assessoria.
Em seguida, conheceram a reserva técnica do museu, que é organizada por meio de documentos tombados e cuja zeladoria está a cargo de Thony Guedes e Ozias Bispou.
O espaço é dedicado ao armazenamento e conservação de objetos, artefatos, documentos e obras de arte que fazem parte do acervo do museu, mas que não estão em exposição permanente.
Nele, os técnicos conheceram o ambiente especialmente projetado para proteger esses itens da deterioração causada por fatores ambientais, como umidade, temperatura, luz e pragas, além de possíveis danos físicos.
Ainda viram os monumentos em homenagem aos seresteiros, produzido pelo artista plástico Claudio Camargo, e, depois, dirigiram-se até o Complexo Cultural, que abrange o Museu da Imagem e do Som de Tatuí (MIS) “Jornalista Renato Ferreira de Camargo” e o Memorial do Rugby 1928 “Dr. Gualter Nunes”.
Neste último local, conheceram o trabalho do Antigomobilismo Clube de Tatuí no restauro do veículo e puderam entender como será realizada a expografia do MIS, que será subordinado ao Museu Histórico “Paulo Setúbal”.
“A visita representou um marco importante de diálogo entre o órgão municipal de cultural e a Fundação Itaú Cultural”, acentuou a assessoria.
Ao término da visita, os técnicos receberam os materiais (livros e tabloides) produzidos pelo museu, os quais foram retribuídos com publicações do Itaú Cultural.