Raul Vallerine
O cotidiano atribulado muitas vezes não deixa espaço para olharmos para nós mesmos, para observarmos as nossas próprias ações e entendermos os nossos sentimentos!
Autoconhecimento é algo que todos nós buscamos. Mas qual o caminho para encontrá-lo? De fato, existem maneiras de saber mais sobre si? Autoconhecimento é um estado de consciência sobre si mesmo.
Esse é só um dos pontos importantes para se desenvolver o autoconhecimento, porque, na verdade, autoconhecimento é equilíbrio.
Talvez a maior importância de adquirir essa característica seja a autenticidade. O que é uma pessoa autêntica, afinal? É alguém que dita as próprias regras da sua vida…
É alguém que sabe se posicionar diante das situações a ponto de reconhecer quais são suas vontades e agir diante disso. Para chegar mais perto da sua essência é preciso silenciar um pouco.
Relaxar e pensar sobre a sua vida e sua identidade são cruciais no processo de autoconhecimento. Assim, adquirir o hábito da reflexão é a base para agir de forma mais consciente.
Faça uma linha do tempo da sua vida. Tudo o que ocorre na vida fica guardado. Essas memórias afetam mais ou menos nosso comportamento. Entender tudo isso é importante. Para tanto, uma linha do tempo da sua vida irá ajudar.
Peça as pessoas que estão a sua volta para relembrarem fatos que aconteceram com você. Pessoas que te amam, querem ao máximo te ajudar. Assim, pedir ajuda para alguém que você confia é interessante para conhecer a si mesmo.
Há uma terapia excelente é a leitura de livros. São formas excelentes para se conhecer melhor. Afinal, ao ler estamos tendo contato com reflexões e visões de mundo diferentes da nossa. Isso leva à busca pelo próprio eu.
Há um Livro escrito pelo filósofo alemão Eugen Herrigel, com o nome “A arte cavalheiresca do arqueiro zen”, narra a história do autor como discípulo de um mestre zen.
Durante sua estada no Japão, onde foi professor por quase seis anos na Universidade de Tohoku, o discípulo toma aulas numa peregrinação que culmina na revelação do eu interior.
Valendo-se da arte do arco e flecha, o filósofo convida o leitor a refletir sobre a própria existência e defende que, para que consigamos reencontrar a origem de nossa alma, é preciso lançar mão de quase todos os conceitos que temos sobre nós mesmos.
Ele está correto. Como o tiro com arco, a vida às vezes pode parecer resumida em questões como “de onde viemos?” e “para onde vamos?”, mas a verdade é que devemos nos focar nas coisas que fazemos enquanto ela nos é presenteada.
Na história, Herrigel propõe-se ao aprendizado da arte do arqueiro tal como praticada pelos zen-budistas um dos ramos mais originais do budismo.
O zen propõe a transcendência do intelecto, o desprezo pelas palavras, o silêncio, gestos iluminantes e iluminados e a comunhão com o cosmo.
Durante os cinco anos que demora para aprender a arte do arco e flecha, o discípulo descobre que a tarefa não é fácil. Muitas reflexões importantes aparecem nesse livro.
O livro nos faz lembrar que temos o que é a verdadeira intenção diante da vida: a crença de que todos os seres humanos possuem uma parte divina dentro de si, uma conexão direta com o divino.
Mente e corpo estão ligados. Sendo assim, o baixo autoconhecimento pode sim trazer problemas físicos, causando as chamadas doenças psicossomáticas.
Buscar autoconhecimento faz bem. E uma das melhores decisões a se tomar na vida é ser feliz. Para tanto, saber qual caminho percorrer rumo à felicidade depende de ouvir a própria essência.
A partir da ideia de que o autoconhecimento, o conhecimento de si, é a base para todos os outros conhecimentos sobre o mundo. Essa frase faz uma referência ao Oráculo de Delfos, e sua inscrição “conhece-te a ti mesmo”.