A maioria dos leitores não se sente segura em Tatuí. É o que aponta resultado da enquete virtual realizada pelo Jornal O Progresso, por meio de “O Progresso Digital” (www.progressodetatui.com.br).
Ao longo da semana, o bissemanário questionou se os leitores se sentiam seguros em Tatuí. A pesquisa permaneceu no site de sábado, 16, até a tarde de sexta-feira, 21. O resultado apontou que 74% dos internautas não se sentem seguros. Já os outros 26% afirmam ter segurança na cidade.
A enquete foi ao ar devido a reportagem sobre as bases comunitárias da Guarda Civil Municipal (GCM). O fato de algumas das unidades permanecerem fechadas durante a ronda dos guardas na região gerou polêmicas.
Alguns moradores chegaram a protestar, via redes sociais e por veículos de comunicação, contra o fato de algumas bases comunitárias ficarem fechadas em determinados períodos do dia, dificultando o acesso da população em caso de necessidade.
O prefeito José Manoel Correa Coelho, Manu, garantiu, porém, que nada havia mudado, negando a desativação das bases comunitárias instaladas dentro do projeto de descentralização da corporação.
Segundo o prefeito, as unidades da GCM, em razão do trabalho ostensivo, precisam ser fechadas, pois os guardas circulam e não podem – e nem devem – ficar somente nas bases. “Enquanto saem para patrulhamento, as bases têm de ser fechadas”, defendeu Manu.
O prefeito também informou que as unidades não ficam fechadas e sem guardas o dia inteiro, mas apenas por alguns períodos do dia, o que acontece mais frequentemente nas áreas rurais.
“A área rural de nosso município é gigante. É preciso dar atendimento também a essa parcela da população”, disse.
Manu explicou que somente depois de concluídas as rondas, as guarnições voltam para as bases. Os patrulhamentos são realizados várias vezes ao dia e planejados no decorrer do tempo em que as equipes permanecem nas bases.
De acordo com o prefeito, embora provoque estranheza na população, a medida vem ajudando na redução da criminalidade. “Desde que assumi a Prefeitura, em 2013, o índice de crimes caiu, especialmente os de furto”, afirmou.
Agora, a enquete continua abordando a questão da segurança pública. Nesta semana, uma provável represália a uma ação da Polícia Militar levou três ônibus a serem incendiados, na madrugada da quinta-feira, 20.
As ações criminosas foram realizadas como protesto e teriam começado após a morte de um menor, durante um tiroteio com a PM.
Para evitar mais tumultos, a GMC continuará mantendo as escoltas aos ônibus escolares que circulam na vila Angélica, Jardins de Tatuí e Jardim Gonzaga, até a situação se normalizar, além de ter redobrado o patrulhamento nas escolas da zona norte e intensificado o policiamento em todas as escolas, conforme declarou o comandante Adriano Henrique Moreira, da GMC.
Com base nos fatos, o jornal pergunta: “Qual é a sua opinião sobre os protestos envolvendo incêndios?”. A enquete, com as respostas “uma forma válida de protesto?” e “uma forma de vandalismo?”, estará no site a partir da tarde deste sábado, 22.
O encerramento da questão será na tarde de sexta-feira, 28, com a publicação do resultado na edição do próximo domingo, 2 de março.