Aqui, Ali, Acolá
José Ortiz de Camargo Neto *
Conceito do Dia: “Existem duas reações patológicas que o indivíduo pode adotar diante da consciência: a de medo, a de raiva, ou ambas; isso origina (…) doenças orgânicas, devido ao estresse gerado pela tensão constante” (Cláudia Bernhardt Pacheco, livro “A Cura pela Consciência, Teomania e Estresse”).
Caros amigos:
É muito interessante a desabalada carreira que empreendemos para fugir da visão de nossos erros e atrapalhações, más intenções que aparecem na mente, emoções vergonhosas, pensamentos maldosos, lembranças que queremos esquecer; ao mesmo tempo a fuga que fazemos da visão da maravilha da vida (por inveja ao Ser Divino).
De acordo com a autora do livro acima, o conhecimento dos erros e dos problemas é visto pelo ser humano como grande perigo e ameaça e não como algo que vai ajudá-lo a se desenvolver.
De modo que tentamos fugir do “perigo”, tomados de medo, ou lutar contra ele, cheios de raiva e fúria.
Segundo dra. Pacheco, “a raiva é responsável pela liberação da noradrenalina e adrenalina na corrente sanguínea. O medo, por sua vez, provoca a secreção de acetilcolina e adrenalina. Sabe-se que nosso organismo está apto a absorver cargas periódicas desses hormônios (…). Porém, se injetarmos constantemente tais hormônios no nosso sangue, em pouco tempo nosso organismo entrará em colapso (estresse). E é o que acontece com as pessoas que estão sempre com medo, ou raiva e inveja sem, muitas vezes, terem percepção disso”.
Acrescenta a autora que os chamados indivíduos mais depressivos reagem com medo, ficando geralmente omissos, inativos; os paranoides, diante da consciência reagem com raiva, agredindo, odiando, lutando. Um terceiro grupo seriam os que mesclam os dois tipos de reação: luta e fuga.
Então o que fazer?
Segundo dra. Pacheco, “tanto a reação de medo, como a de raiva, ódio, são atitudes que a pessoa pode, ou não, adotar diante da consciência. É claro que o humilde, o receptivo, acata a verdade sem reagir, beneficiando-se psicologicamente e poupando seu físico de doenças desnecessárias, prolongando sua vida e vivendo melhor.”
É por isso que nas sessões de psicanálise, quando a pessoa aceita ver o que não quer enxergar, ela melhora e sara de muitas doenças. Ao confessar o que a preocupa para o analista, começa a parar de lutar contra si mesma, relaxa, diminui o medo e a raiva e começa a aceitar ver o que a consciência lhe mostra.
O assunto é longo para explicar em um simples artigo, mas é esse o sentido da “Cura pela Consciência”, exposto no livro da brilhante autora, cientista da vida psíquica.
Até breve.
* Jornalista e escritor tatuiano.