Da redação
O Balé da Cidade do Theatro Municipal de São Paulo se apresenta de graça neste domingo, 17, às 17h, no Teatro “Procópio Ferreira”, do Conservatório Dramático e Musical “Dr. Carlos de Campos”, de Tatuí. A coreografia escolhida é “Muyrakytã”.
Para assistir ao espetáculo, é necessário adquirir o convite pela internet, no endereço https://conservatorio-de-tatui.byinti.com.
“Muyrakytã”, que tem concepção de Allan Falieri, teve estreia em fevereiro do ano passado, no Theatro Municipal. Na ocasião, o Balé da Cidade convidou o público a “romper os paradigmas estabelecidos atualmente, refletindo e indagando os acontecimentos de um século atrás, atravessando entre passado e presente”.
A coreografia surge de “força estranha”, com um muyrakytã – talismã trazido do fundo das águas, como na obra “Macunaíma”, de Mário de Andrade – “trazendo diferentes aspectos identitários, corporais e sonoros”.
Falieri atua há mais de duas décadas como bailarino profissional e integrou as companhias Compañia Nacional de Danza, Nederlands Dans Theater, Ballet Gulbenkian, Bejart Ballet Lausanne e do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, além do Balé da Cidade de São Paulo.
O elenco ainda é formado por Antônio Carvalho Jr., Bruno Gregório/Marcel Anselmé, Bruno Rodrigues, Cléber Fantinatti, Isabela Maylart, Jessica Fadul, Luiz Crepaldi, Luiz Oliveira, Marcio Filho, Marina Giunti, Rebeca Ferreira, Renata Bardazzi e Yasser Díaz. A apresentação tem duração de 30 minutos e a classificação é livre.
Com 54 anos de história, o Balé da Cidade de São Paulo é um dos corpos artísticos da Fundação Theatro Municipal de São Paulo e da Secretaria Municipal de Cultura, possuindo, em seu repertório, obras dos mais conceituados coreógrafos e criadores nacionais e internacionais da atualidade. O Balé da Cidade atrai os mais importantes coreógrafos brasileiros e internacionais interessados em criar obras para seus bailarinos e artistas.
O corpo de baile já apresentou 220 obras coreográficas no repertório, sendo 180 delas criações originais para o grupo e 68 remontagens, algumas criadas por outras companhias. Participou de óperas, mostras de coreografias e turnês internacionais, que incluíram 17 países da Europa, da Ásia, do Oriente Médio e das Américas. Foi premiado 59 vezes nacional e internacionalmente.
O grupo foi criado no dia 7 de fevereiro de 1968, como corpo de baile municipal, para acompanhar as óperas do Theatro Municipal e se apresentar com obras do repertório clássico.
Em 1974, sob a direção de Antônio Carlos Cardoso, assumiu o perfil de dança contemporânea que orienta sua proposta até hoje.
Desde a década de 1970, a companhia é um “constante laboratório de pesquisa e desenvolvimento da dança brasileira, reconhecida por encorajar e estimular seus intérpretes por meio de mostras coreográficas, despontando alguns dos mais renomados coreógrafos nacionais”, conforme divulgado pela produção.
A carreira internacional da companhia teve início com a participação na Bienal de Dança de Lyon, na França, em 1996.
A companhia possui, em seu repertório, obras de conceituados coreógrafos e criadores nacionais e internacionais da atualidade, entre eles: Alex Soares, Alexander Ekman, Andonis Foniadakis, Angelin Preljocaj, Cayetano Soto, Germaine Acogny, Henrique Rodovalho, Ismael Ivo, Itzik Galili, Johann Kresnik, Jorge Garcia, Luis Arrieta, Mário Nascimento, Mauro Bigonzetti, Morena Nascimento, Rodrigo Pederneiras, Ohad Naharin, Sandro Borelli e Stefano Poda.
De 1999 a 2009, destacaram-se de seu elenco bailarinos experientes e de consolidada carreira, e foi criada a Cia 2, que buscava a vanguarda dentro das tendências da dança contemporânea, abordando linguagens coreográficas através de conceitos e métodos diferenciados da companhia principal.