Da reportagem
O Lar São Vicente de Paulo recebeu, na tarde de sábado, 15, alguns voluntários para cerimônia em homenagem ao trabalho prestado durante a 92ª edição da Festa da Caridade de Tatuí, que aconteceu no feriado de Corpus Christi, dia 8 de junho passado.
A solenidade aconteceu na capela do Lar, onde os homenageados receberam certificados de reconhecimento, seguidos por um café da tarde.
O presidente da casa, Carlos Eduardo Olivier Júnior, disse que a iniciativa foi uma “forma de agradecimento aos voluntários pela doação prestada”.
De acordo com ele, a praça de alimentação é coordenada por 34 grupos e mais de mil voluntários, entre entidades públicas, privadas e assistenciais, que, de forma totalmente voluntária, doam todo o lucro arrecadado ao Lar.
“A festa deste ano foi muito positiva, tanto em número de público como em vendas. Foi um dia bonito”, comentou.
Olivier Júnior também apontou que a edição deste ano atraiu um público que “ficou na festa durante o dia todo”. “Foi um público que veio no começo do dia e ficou até o final. Nós tivemos um número muito bom, inclusive, nossos produtos foram todos vendidos”, reforçou.
O valor arrecadado, no entanto, não foi divulgado, mas Olivier Júnior garantiu que foi “muito parecido com o arrecadado na edição anterior”. “Nós decidimos manter os mesmos valores dos produtos do ano passado. E, como foi tudo na mesma base (de valor), tivemos um lucro parecido com o do ano passado”, avaliou.
Conforme balanço feito na edição de 2022, a festa arrecadou cerca de R$ 200 mil. “Parece bastante, mas, se diluir este valor ao longo do ano, sobra pouco para conseguirmos manter a casa. A folha de pagamento é muito alta. Tem toda a equipe de funcionários, a manutenção”, enumerou.
Voluntariado
Pioneiro na forma como a Festa da Caridade é atualmente organizada, o voluntário há 32 anos Augusto Benedetti afirmou ter sido a partir de ideia dele, em conjunto com a de alguns amigos, que a festa conta, atualmente, com trabalho por meio do voluntariado.
“Nós começamos quase desacreditados. Era somente o Lar que fazia a festa e, quando tivemos a ideia de colocarmos as barracas para ajudar com a venda, o presidente da época, o Tota (Antônio Ferreira) não aceitou”, contou.
Ele lembrou ter sido por “persistência” que conseguiu convencer o administrador da casa. “Pulei na frente dele e falei que nós iríamos fazer, sim! E foi a partir daí que começamos com o formato de vendas que vemos atualmente nas festas”, contou.
A auxiliar de cozinha voluntária Hilda Ferreira praticamente escalou a família inteira para ajudar na festa. “Alguns ajudaram na cozinha; outros, nas barracas de salgados, doces”, afirmou.
Ela, que definiu a ação como “gratificante”, conheceu o trabalho do Lar no ano de 1970, por meio dos sogros, que prestavam serviços para a casa.
“Tendo oportunidade, estarei aqui. Se pudesse, viria todos os dias para cá. É uma satisfação muito grande e, enquanto eu puder andar e estiver com saúde, estarei aqui”, afirmou Hilda.
Integrante da diretoria do Lar há dez anos, Célia Holtz descreveu a iniciativa de agradecimento aos voluntários como “excelente e por mérito de todos que trabalharam de forma exaustiva para que o evento pudesse ser realizado”.
“Todos trabalharam muito. Não somente no dia da festa, como antes, em reuniões, contatos. Então, só temos a agradecer a São Vicente de Paulo pela disponibilidade dessas pessoas para com o nosso querido Lar”, concluiu Célia.