Da Agência Brasil
A vacinação contra a Covid-19 é uma das principais formas de prevenir a doença e suas complicações. No entanto, muitas pessoas ainda não procuraram a vacina bivalente, que oferece proteção contra as variantes do coronavírus, incluindo a ômicron, que é mais transmissível e pode causar reinfecções. Segundo o Ministério da Saúde, apenas 14% do público-alvo já tomou a nova dose, que é indicada para todos os adultos acima de 18 anos que já completaram o esquema vacinal com duas doses de qualquer imunizante contra a Covid-19.
A vacina bivalente está disponível nos postos de saúde há quase três meses, mas a adesão é muito baixa em todo o país. Na Bahia, a situação é ainda mais preocupante. De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado, em informações divulgadas no mês de março, menos de 300 mil baianos atenderam ao chamado e compareceram aos postos de vacinação para tomar a vacina bivalente. O número aponta que menos de 30% das mais de um milhão de doses disponibilizadas no estado desde fevereiro foram aplicadas.
Para o biólogo e doutor em Bioquímica e Biologia Molecular, Rodrigo Cunha, essa baixa procura pela vacina bivalente é um risco para a saúde pública e individual. “A vacina bivalente é segura e eficaz contra as variantes da Covid-19, que são mais contagiosas e podem escapar da resposta imune gerada pelas vacinas anteriores. Quem não toma a vacina bivalente está se expondo a um maior risco de contrair a doença e de desenvolver formas graves, que podem levar à hospitalização e à morte”, alerta.
Rodrigo ressalta que a vacinação é uma estratégia coletiva, que depende da participação de todos para reduzir a circulação do vírus e evitar o surgimento de novas variantes. “Quanto mais pessoas se vacinarem com a dose bivalente, mais protegida estará a população e menor será a chance de o vírus sofrer mutações que possam comprometer a eficácia das vacinas. A vacinação é um ato de responsabilidade social e de solidariedade com as pessoas que estão mais vulneráveis à Covid-19”, afirma o biólogo, que também é professor do Centro Universitário UniFTC Salvador.
O especialista esclarece que a vacina bivalente não tem contraindicações e não causa efeitos colaterais graves. “A vacina bivalente é feita com uma tecnologia semelhante à das outras vacinas contra a Covid-19, que já foram testadas e aprovadas pelas autoridades sanitárias. Os possíveis efeitos colaterais são leves e transitórios, como dor no local da aplicação, febre baixa e mal-estar. Esses sintomas são normais e indicam que o organismo está produzindo anticorpos contra o vírus”, explica.
O professor da Rede UniFTC faz um apelo para que as pessoas procurem os postos de saúde para tomar a vacina bivalente o quanto antes. “A vacina bivalente é uma oportunidade única de reforçar a imunidade contra a Covid-19 e suas variantes. Não deixe essa chance passar. Vacine-se e incentive seus familiares, amigos e colegas a se vacinarem também”, disse à assessoria de comunicação do centro universitário.