Feira do Doce de Tatuí soma passagem de 230 mil pessoas

Prefeitura antecipa que devem aumentar os dias do evento

Autoridades comparecem na cerimônia de abertura (Foto: Juliana Jardim)
Da reportagem

A nona edição da Feira do Doce de Tatuí teve encerramento no domingo, 9, feriado da Revolução Constitucionalista de São Paulo, tendo somado o fluxo de 230 mil pessoas durante os quatro dias de evento, 30 mil a mais que o esperado pela organização.

Os números foram divulgados na noite do último dia da feira, pelo prefeito Miguel Lopes Cardoso Júnior. Somente nesse dia, mais de 50 mil pessoas passaram pelo evento, conforme a organização.

A feira aconteceu na Praça da Matriz e, conforme o Executivo, com 60 expositores e cerca de 250 tipos diferentes de doces, divididos em oitos segmentos.

A noite de sexta-feira, 23, a Praça da Matriz recebeu a cerimônia oficial da abertura. Nela, estiveram presentes o prefeito Cardoso Júnior e a primeira-dama, Regiane Oliveira Rosa Cardoso.

Também compareceram: a deputada federal Simone Marquetto; o secretário executivo da Cultura, Economia e Indústria Criativas do estado de São Paulo, e Marcelo Henrique de Assis (representando a secretária Marília Marton).

Ainda: a secretária executiva do estado de São Paulo, Luciana Leite (representando o secretário de Turismo e Viagens de São Paulo, Roberto de Lucena).

Entre os secretários municipais, compareceram: do Governo e Transportes Públicos, Luis Donizette Vaz Júnior; do Esporte, Cultura, Turismo e Lazer, Douglas Dalmatti Alves de Lima (Buko); das Obras e Infraestrutura, João Francisco de Lima Filho; e dos Direitos Humanos, Família e Cidadania, Valdeci Proença.

Outras autoridades estiveram presentes, como: o chefe municipal de gabinete, Júnior Galvão; o presidente da Câmara Municipal, Eduardo Dade Sallun; o vice-presidente da Câmara de Tatuí, Antônio Marcos de Abreu; e os vereadores Renan Cortez, Leandro de Camargo Barros e Micheli Vaz.

Também compareceram: o presidente do TatuíPrev, João Antônio da Fonseca; o secretário da Segurança Pública, Miguel Ângelo de Campos; o assessor da deputada estadual Maria Lúcia Amary, Gabriel Luvizotto; e a conselheira do Fundo Social de Solidariedade de Tatuí (Fusstat) Milene de Lara Rodrigues.

E, finalmente, o coordenador do Projeto Envelhecer com Qualidade de Vida, do Fusstat, Luiz Antônio Voz Campos, e o presidente da Aprodoce (Associação dos Produtores de Doce de Tatuí), Marcelo Leite de Almeida.

O presidente da AmiTur (Associação Brasileira dos Municípios de Interesse Cultural e Turístico), Jarbas Favoretto, enviou uma nota lamentando por não estar presente.

“Desde o ano passado, tenho vontade de estar presente nessa famosa festa, porém, por problemas de saúde e familiar, mais uma vez, a perco. Mas que, no ano que vem eu possa estar presente. Muito obrigado pela gentileza”, diz a nota.

De acordo com a organização, a “humanização” foi um dos focos da feira, tendo proporcionado uma “experiência inclusiva e acolhedora aos presentes”. O evento contou com piso tátil e intérprete de libras durante as apresentações, além de banheiros adaptados e vagas exclusivas.

Durante a apresentação da Orquestra Sinfônica de Tatuí, o público acompanhar um vasto repertório, dos clássicos de Queen a Frank Sinatra até os populares “Trem das Onze” e “Aquarela do Brasil”. Ao final do show, os presentes pediram bis.

Para o maestro Eduardo Augusto, “o mais importante é tocarmos um repertório que aproxima o povo da orquestra. Tendo em vista que estamos numa praça pública, o intuito é que haja essa interação entre o público e a música”, reforçou.

Ele lembrou a presença do maestro João Carlos Martins durante a oitava edição da Feira do Doce. “Neste ano, ele não pôde estar presente, mas a orquestra teve seu brilho e repetiu o sucesso que foi no ano passado”, recordou.

No dia 12 de agosto, a Orquestra Sinfônica de Tatuí voltará a se apresentar na Praça da Matriz em uma homenagem ao Dia dos Pais.

“Muito linda. Espetacular. Tatuí é realmente a Capital da Música”, declarou o aposentado Juvenal de Medeiros Filho (Naizi). Ele disse lembrar do pai, Juvenal de Medeiros, ao ouvir o repertório tocado pela orquestra. “Ele tocava na época do cinema mudo e ensaiava com a orquestra no Hotel Del Fiol”, relatou.

Para a aposentada Ana da Silva Gonçalves, a orquestra é a “escola de Tatuí e um incentivo para a cidade”. Ela, que veio de São Paulo especialmente para a feira, declarou que, além de experimentar os “famosos doces caseiros de Tatuí”, ainda os leva para a capital paulista.

O vereador Renan Cortez destacou a organização da feira e citou a segurança e a evolução estrutural do evento como pontos positivos.

“A Festa do Doce tem sido cada vez mais procurada, inclusive, com excursões de outros municípios. Então, é natural que o evento seja melhor elaborado. A administração está qualificando, principalmente esta questão cultural”, apontou.

Ele também comentou sobre a necessidade de um projeto de ampliação da feira. No entanto, segundo ele, questões relacionadas à saúde do município têm prioridade.

“Temos discutido muito sobre a implantação de um espaço de eventos para a cidade. No entanto, ainda temos muitas questões relacionadas à saúde para serem resolvidas”, reforçou.

O parlamentar disse que, simultaneamente, a esse fato, o Executivo tem a intenção de planejar um espaço que contemple um centro de eventos. “Estamos correndo atrás de um espaço, mas, em se tratando da Feira do Doce, temos todos um carinho com a região central e com os comerciantes” argumentou. O vereador, contudo, anunciou a intenção da expansão territorial do evento para o próximo ano.

Ele explicou que seria uma ampliação maior ao redor da Praça da Matriz, “assim como foi feita nesta edição com a praça de alimentação de salgados à rua José Bonifácio”.

O presidente da Aprodoce agradeceu o apoio e incentivo ao “associativismo empregado a todos os produtores de doces durante a organização da feira”. Ele destacou, também, a realização do primeiro concurso de doces da cidade e agradeceu à Fatec pelo incentivo.

“O espaço está ficando pequeno, e tenho certeza de que logo teremos o nosso centro de eventos para abrigar este e muitos outros eventos da nossa querida Tatuí”, comentou.

O secretário executivo da Cultura, Economia e Indústria Criativa do estado de São Paulo, Henrique de Assis, apontou a importância da feira como forma de conexão cultural para o “desenvolvimento econômico e humano entre a cidade e o estado de São Paulo”.

“É uma festa que reforça a identidade cultural e as raízes. E é importante a cidade fomentar para que o estado consiga apoiar. É um momento de reconhecimento e de troca para a população. Nós criaremos laços que irão reverberar não só para a cidade como no Estado todo”, avaliou.

Ele citou o Conservatório como um projeto cultural que fomenta o desenvolvimento artístico da cidade. “Aqui, nós temos o Conservatório, que já faz um trabalho muito legal. A orquestra de Tatuí foi derivada dos músicos formados pela instituição”, observou.

Ele também lembrou as novas linhas de incentivo cultural por meio do Programa de Ação Cultural (Proac), que estão com inscrições abertas desde o dia 3 de julho, como forma de reconhecimento e desenvolvimento cultural.

“É uma linha aberta para que toda cidade que tenha interesse em receber algum tipo de apoio do estado possa inscrever o seu projeto”, comunicou.

“Todas as propostas serão analisadas e, a partir delas, iremos fazer uma análise para construirmos juntos uma política cultural que respeite essas identidades e traduza o anseio que vemos na população”, concluiu.

A secretária executiva do estado de São Paulo, Luciana Leite, lembrou que Tatuí foi um dos primeiros municípios de interesse turístico (MIT) a ser reconhecido no estado de São Paulo, em 2016.

“Isso aconteceu justamente pela diversidade e qualidade de seus atrativos, inclusive, estruturais”, disse. Ela ainda citou os motivos pelos quais a cidade foi amplamente reconhecida pelo Estado.

“Os atributos de Tatuí são muitos. O Conservatório, o Sítio Carroção, o Museu ‘Paulo Setúbal’, o Parque ‘Maria Tuca’ são exemplos de turismo para o estado de São Paulo”, elencou.

“O município fomentou o desenvolvimento como forma de gerar emprego e renda para a população e hoje, especialmente, celebramos a produção de doces artesanais e seus mais de 60 produtores que, no ano passado, movimentaram R$ 1,5 milhão na economia”, concluiu a secretária.

Já na cerimônia de encerramento, no domingo, 9, o prefeito elogiou os doceiros que trabalharam para servir os visitantes que vieram de diversas cidades do estado de São Paulo.

“Por isso que Tatuí é a Cidade Ternura, a Terra dos Doces Caseiros, a Capital da Música. Ainda não conseguimos quantificar os números de cidades presentes, mas a quantidade de pessoas que passaram pela feira nós já temos. Até este momento, passaram pelo recinto 230 mil pessoas”, anunciou.

Ele destacou, também, o trabalho de segurança das bases móveis da Guarda Civil Municipal por não ter tido, nos quatro dias de evento, nenhuma intercorrência.

“Sem nada de confusão; é a cidade que acolhe; são os doceiros que trabalham para trazer alegria para nós. É um orgulho imenso”, elogiou.

Ao final, ele ainda lançou um desafio para a décima edição da feira, que acontecerá no próximo ano: “Não sei se vocês já fizeram a conta, mas ano que vem será ano bissexto”, lembrou.

“Então, o feriado do dia 9 de julho cairá numa terça-feira. Eu desafio vocês a organizarem uma feira de cinco dias, pode ser? Sexta, sábado, domingo, segunda e terça. Vamos assumir este compromisso. A feira mais doce do Brasil agora em cinco dias”, concluiu.

1 COMENTÁRIO

  1. Como o evento está crescendo muito e faltando espaço na praça da matriz, eu sugiro que seja ampliada para a praça da santa que é logo ao lado.
    Então teríamos o evento nas duas praças!

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