Da redação
O representante do Departamento Nacional de Infraestruturas e Transportes (DNIT), Arnaldo Bernardo, veio a Tatuí analisar o estado do conjunto de prédios que compõem a antiga Estação Ferroviária para determinar sua adequação como sede de um museu ferroviário. A visita aconteceu no dia 29 de junho.
O consultor veio para dar continuidade ao projeto de devolução da antiga estação ao município. Trata-se de uma segunda etapa de iniciativa que marca a parceria entre o Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico de Tatuí) e a vice-presidência da Câmara Municipal, conforme divulgado pela assessoria de comunicação do vereador Antonio Marcos de Abreu (PSDB).
Bernardo esteve na cidade por determinação do superintendente do departamento, Peterson Ruan Aiello do Couto Ramos, acionado por Antonio Celso Fiuza Junior (presidente do Condephaat) e por Abreu (vice da Câmara). Os dois estiveram em São Paulo, em maio deste ano, para solicitar ao superintendente o direito de uso da estação. O objetivo é transformar o local em um museu ferroviário.
A Estação Ferroviária de Tatuí foi inaugurada em 1889 como ponta de linha de ramal. Em 1932, ganhou ainda mais importância para o município, quando houve uma reforma e o estabelecimento de uma nova estação, maior que a anterior, que se tornou símbolo de progresso para a região.
O conjunto é tombado pelo Condephaat do estado desde 2020 como bem cultural de interesse histórico, arquitetônico, artístico, turístico e ambiental.
A estação desempenhou um papel importante no transporte de passageiros e mercadorias na região durante muitos anos. Sua arquitetura segue o estilo inglês, com elementos característicos como telhados em duas águas, platibandas decoradas e janelas em arco. O prédio possui um caráter histórico significativo, representando a época áurea das ferrovias no Brasil.
Desde 1995, autoridades locais pleiteiam o direito de ocupação para preservação. “A Estação Ferroviária de Tatuí é um ponto turístico importante da cidade e tem despertado o interesse de entusiastas da história ferroviária, pesquisadores e moradores locais. A preservação desse patrimônio histórico é fundamental para manter viva a memória da era ferroviária e promover o turismo cultural na região”, declarou Abreu, por sua assessoria de comunicação.