William Vieira
O sorocabano Fábio Fogaça
A popularização do esporte no Brasil está caminhando. Em algumas modalidades, como a “Stock Car”, categoria do automobilismo, ela ainda não “deslanchou”. Por conta disso, esportistas têm papel fundamental na divulgação e incentivo de novos talentos e de investimentos para as competições.
É este o sentido que o sorocabano Fábio Fogaça tenta passar sobre a categoria. Piloto de “Stock Car”, Fogaça esteve em Tatuí na quinta-feira, 28, a convite de Afonso Quadra.
O piloto disse que considera a divulgação da categoria essencial não só na região, mas no país. “É importante pelo fato de que, no Brasil, só se fala em futebol”, comentou.
Segundo ele, os competidores da “Stock Car” têm de fazer o máximo para que a categoria seja propagada. Como consequência, haveria maior número de patrocinadores. “Várias pessoas sabem quem é um jogador da terceira divisão, mas não sabem quem é Cacá Bueno, Thiago Camilo”.
Fogaça começou no kart em 2004, quando tinha 13 anos. Quatro anos depois, ganhou a primeira corrida e, em 2009, o primeiro campeonato. Por incentivo do pai, Djalma Fogaça (também piloto de Sorocaba), pegou “gosto pelas corridas”.
Os primeiros treinos aconteceram em Itu. De lá, ele passou a competir em Barueri, Guaratinguetá, Campinas e, depois, no Kartódromo Internacional Granja Viana, em São Paulo. “Eu ‘nasci na pista’, mas meu pai me deu liberdade para fazer o que eu quisesse”, comentou.
Fogaça disse que apenas quis seguir o exemplo do pai. “Se ele fosse médico, engenheiro, eu poderia querer ser também isso tudo. Se eu gostasse”. O sorocabano cursa engenharia e tem pretensões fixas na carreira de piloto.
Do kart, Fogaça passou para a “Stock Junior”, categoria que corresponde a uma “terceira divisão da ‘Stock Car’”. Aos 16 anos, era um dos pilotos mais jovens a competir. Na sequência, correu por uma equipe na Argentina, durante um ano e meio. Voltou ao Brasil em 2010, para disputar o “Campeonato Brasileiro de Marcas”. No ano seguinte, disputou novamente o evento.
Em 2012, correu apenas uma etapa pela “Stock Car” e completou o ano pelo “Brasileiro de Marcas”. As provas envolveram dez pilotos com “pilotagem boa”. “Eu fui o único da história da categoria a vencer com uma Mitsubishi”, contou.
Ainda no ano passado, Fogaça disputou a “Corrida do Milhão”. Ele terminou na 20ª posição, com 34 participantes, e considerou o resultado como positivo. A última etapa será no dia 15 deste mês, no Autódromo de Interlagos.
Na primeira, também em São Paulo, o piloto concluiu a prova na nona posição. “Tive um erro no box, deixei o carro morrer no ‘pit stop’ e perdi cinco segundos. Sem esse erro, seria o quinto. Então, a tendência é que haja um avanço e que eu consiga brigar pela vitória”, encerrou.