Da reportagem
A população de Tatuí cresceu 15,5% em 12 anos e chegou a 123.942 habitantes, segundo o novo Censo Demográfico do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), referente a 2022. Os primeiros resultados da pesquisa foram divulgados na quarta-feira, 28.
Conforme o IBGE, desde 2010, quando efetivado o Censo Demográfico anterior, Tatuí ganhou 16.616 habitantes. A proporção é maior que a verificada em âmbito nacional, com crescimento de 6,5%, no período.
Em 1º de agosto de 2022, o Brasil tinha 203.062.512 habitantes. Desde 2010, a população do país somou 12.306.713 pessoas. Isso resulta em taxa de crescimento anual de 0,52%, a menor já observada desde o início da série histórica iniciada em 1872, ano da primeira operação censitária do país.
O número publicado na nova edição, entretanto, está abaixo das projeções anteriores do órgão. Em 2021, o prognóstico apontava que Tatuí teria ao menos 124.134 habitantes. Para o país, o órgão estimava 213.317.639 pessoas.
No ranking de população dos municípios, Tatuí está na 64ª colocação no estado; 119ª na região Sudeste e 245ª no Brasil. A pesquisa do IBGE também aponta que a cidade tem uma densidade demográfica de 236,64 habitantes por quilômetro quadrado e média de 2,8 moradores por residência.
O Sudeste continua sendo a região mais populosa do país, atingindo, em 2022, 84,8 milhões de habitantes. Esse contingente representava 41,8% da população brasileira.
Já o Nordeste, onde viviam 54,6 milhões de pessoas, respondia por 26,9% dos habitantes do país. As duas regiões foram as que tiveram a menor taxa de crescimento anual desde o Censo 2010: enquanto a população do Nordeste registrou taxa de crescimento anual de 0,24%, a do Sudeste foi de 0,45%.
Por outro lado, o Norte era a segunda região menos populosa, com 17,3 milhões de habitantes, representando 8,5% dos residentes do país. Essa participação da região vem crescendo sucessivamente nas últimas décadas.
A taxa de crescimento anual foi de 0,75%, a segunda maior entre as regiões, mas bem inferior àquela apresentada no período intercensitário anterior (2000/2010), quando esse percentual foi de 2,09%.
A taxa de crescimento anual do Norte, frente aos dados de 2010, só foi menor que a do Centro-Oeste (1,23%), região que chegou a 16,3 milhões de habitantes, o menor contingente entre as regiões. Isso significa aumento de 15,8% em 12 anos.
O Sul, que concentrava 14,7% dos habitantes do país, teve aumentado o contingente populacional em 9,3% no mesmo período, alcançando 29,9 milhões de pessoas.
Os primeiros resultados do Censo 2022 também apontaram que São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro seguem sendo os estados mais populosos do país. Juntos, os três concentravam 39,9% da população brasileira.
São Paulo, o maior deles em termos de população, tinha 44,4 milhões de habitantes. Cerca de um quinto da população brasileira (21,8%) vivia no estado.
Roraima também continuava sendo o estado menos populoso, com 636,3 mil habitantes, ainda que tenha apresentado a maior taxa de crescimento anual no período de 12 anos (2,92%). Na sequência, os estados com menor número de habitantes foram Amapá (733,5 mil) e Acre (830 mil).
Conforme a pesquisa, 14 estados e o Distrito Federal registraram taxas de crescimento anual acima da média nacional (0,52%) em 2022. Além de Roraima (2,92%), que passou de uma população de 450.479, em 2010, para 636.303, em 2022, destacaram-se, no crescimento populacional, Santa Catarina (1,66%), Mato Grosso (1,57%), Goiás (1,35%), Amazonas (1,03%) e Acre (1,03%).
Entre os estados que menos cresceram (com variação de 0,1% ou menos), está o Rio de Janeiro (0,03%), o terceiro mais populoso do país. A população fluminense passou de 15,9 milhões, em 2010, para 16,1 milhões, em 2022. Os demais foram Alagoas (0,02%), Bahia (0,07%) e Rondônia (0,10%).
Há 5.570 municípios no país e quase metade (44,8%) desse total tinha até 10 mil habitantes em 2022. Nesses 2.495 municípios, viviam 12,8 milhões de pessoas. A maior parte da população do país (57% do total) habitava apenas 319 municípios, o que, de acordo com a publicação, evidencia que as pessoas estão concentradas em centros urbanos acima de 100 mil habitantes.
Os 20 municípios mais populosos do país concentravam 22,1% do total da população e 17 deles são capitais. Os demais foram Guarulhos e Campinas, em São Paulo, e São Gonçalo, no Rio de Janeiro.
A capital paulista aparece em primeiro lugar no ranking, com 11,5 milhões de habitantes, seguida do Rio de Janeiro (6,2 milhões) e Brasília (2,8 milhões).
Por outro lado, três municípios tinham menos de mil habitantes: Serra da Saudade, em Minas Gerais, com 833 pessoas, Borá, em São Paulo (907), e Anhanguera, em Goiás (924). Os 20 municípios com menos habitantes concentravam apenas 0,01% da população.
Entre os municípios de mais de 100 mil habitantes com maior aumento percentual no contingente populacional, estiveram Senador Ganedo, em Goiás, que passou de 84,4 mil residentes, em 2010, para 155,6 mil, em 2022 (crescimento de 84,3%), e Fazenda Rio Grande, no Paraná, cuja população era de 81,7 mil e chegou a 148,9 mil (82,3%).
Já os municípios com população acima de 100 mil pessoas que tiveram maior retração percentual da população foram São Gonçalo, no Rio de Janeiro, que chegou a 896,7 mil habitantes (queda de 10,3%), Salvador (menos 9,6%) e Itabuna (menos 8,8%), ambos na Bahia. A capital baiana passou de 2,7 milhões de habitantes para 2,4 milhões no período intercensitário.
Em números absolutos, as três cidades acima de 100 mil habitantes que registraram maior aumento populacional são capitais, com destaque para Manaus, no Amazonas, que passou de 1,8 milhão para 2,1 milhões, um aumento de 261,5 mil pessoas em 12 anos.
Nesse período, a população de Brasília, capital federal, teve uma adição de 246,9 mil pessoas, enquanto o crescimento de São Paulo foi de 197,7 mil habitantes.
Entre as reduções, considerando os números absolutos, também aparecem Salvador, com retração de 257,7 mil pessoas, e São Gonçalo (menos 102,9 mil), municípios que se destacaram na redução percentual entre aqueles com mais de 100 mil habitantes.
A capital do Rio de Janeiro (menos 109 mil) foi o segundo município que mais perdeu população desde 2010.
O Censo Demográfico é a maior e mais completa operação estatística realizada no país. A pesquisa busca bater à porta de todos os domicílios dos 5.570 municípios brasileiros para produzir um retrato fiel da sociedade.
Nos primeiros resultados, o Censo traz dados sobre população, domicílios, área dos municípios e densidade demográfica para o país, grandes regiões, estados, distrito federal, municípios e concentrações urbanas.