Por Diléa Silva
Condição presente em 35% dos brasileiros com mais de 35 anos, a esteatose hepática é uma das doenças mais comuns nesta população. O distúrbio corresponde ao acúmulo de gordura no fígado, geralmente associado a quadros de obesidade, pré-diabetes e diabetes.
O dado acima é resultado de um estudo realizado por pesquisadores da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), USP (Universidade de São Paulo) e da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). Caso não seja tratada, a esteatose pode resultar em uma inflamação que leva a morte celular.
Gleicer Nobre, gastroenterologista do Hospital Metropolitano Vale do Aço, alerta sobre os riscos da gordura no fígado para a saúde.
“Ao longo do tempo, a condição pode evoluir para fibrose ou cirrose hepática e resultar num câncer de fígado. Em quadros mais graves, é necessário realizar o transplante do órgão”, alerta o médico especialista em doenças do aparelho digestivo.
Mudanças no estilo de vida
Por ser uma doença silenciosa, a maioria dos pacientes com esteatose hepática não apresentam sintomas e descobrem a condição a partir do exame de rotina. Por isso, é importante ficar atento à prevenção da doença.
“A prevenção e tratamento passam, principalmente, pela mudança de hábitos. Dieta saudável aliada a prática de exercícios físicos são essenciais para controlar o excesso de peso, a resistência à insulina, os níveis de colesterol e a pressão arterial”, explica o médico.
Para quem já tem fígado gorduroso, é essencial o acompanhamento médico e nutricionista. Nesses casos, é importante priorizar certos tipos de alimentos como: verduras, legumes, frutas e grãos integrais, que são ricos em fibras, antioxidantes e nutrientes benéficos para o fígado; peixes, carnes brancas e ovos, importantes para a função hepática; itens ricos em gordura “do bem”, como salmão, sardinha, azeite extravirgem, abacate e amêndoas já que têm efeito anti-inflamatório.
Além de atividades aeróbicas com cerca de 30 minutos pelo menos cinco vezes por semana, e exercícios de resistência muscular, por pelo menos duas vezes por semana, que auxiliam o metabolismo e a queima de gordura.
“Nem sempre é fácil mudar hábitos, principalmente quando estamos cercados por alimentos calóricos. Por isso, quem tem ou conhece alguém que conviva com a doença, precisa procurar por suporte psicológico para enfrentar esse desafio”, orienta Gleicer Nobre.
Comunicação – Hospital Metropolitano Vale do Aço