Vereda única

AQUI, ALI, ACOLÁ

José Ortiz de Camargo Neto *

Frase do dia: “Na vida, é muito fácil perder-se no labirinto dos desvios”

Caros amigos

De uns tempos para cá dei de refletir sobre o caminho para a felicidade, e percebi que só existe um. O resto são desvios, que levam ao abismo. Vou tentar explicar melhor.

A meu ver, o caminho da felicidade é muito semelhante ao caminho de nossa casa.

Só existe uma rua para nosso lar; só um número indica sua localização. Só uma porta dá acesso ao seu aconchegante interior.

Existem bilhões de caminhos e de ruas pelo mundo. Mas nenhuma dessas vias leva ao recinto de nosso lar. Ao contrário, só nos distanciam dele.

Assim também é o caminho para a felicidade. Ali está ela, à espera. Naquele canto de rua, naquele espaço convidativo, esperando que nos deleitemos com ela.

Muitas pessoas seguem muitos caminhos. Centenas deles. Milhares. Mas nenhum leva à felicidade.

Só aquela rua arborizada e florida conduz a ela. Unicamente aquela vereda.

Muitos buscam a felicidade nos vícios, nas drogas, no poder e corrupção e adoecem; outros na avareza, achando que assim serão felizes; há aqueles que comem demais ou de menos, em busca da perene alegria. Existem mesmo os que acreditam que sendo irados e agressivos, sentir-se-ão bem.

Não preciso nem dizer que são todos desvios, que levam à ruína.

Só há um caminho para a felicidade, nesta vida e na Eternidade, e não adianta procurar outro.

Esse caminho já se desvendou inteiramente a nós: a rota, a direção, o ponto de partida e o ponto de chegada.

Muitas pessoas encontraram esta vereda única: pessoas comuns, artistas, filósofos, religiosos, cientistas seguiram-na, ensinaram-na e foram felizes.

Ah, essa vereda! Ela tem nome e existência concreta.

Há pouco tempo celebramos seu Natal.

* Jornalista e escritor tatuiano, terapeuta psicossocial e professor de literatura e redação nas Faculdades Trilógicas Keppe e Pacheco (Fatri).