Da redação
Tatuí confirmou dois casos de dengue em novembro, ambos contraídos na própria cidade – autóctones, portanto. Os dados foram apresentados no dia 15, quinta-feira, 15, durante a 11ª Sala de Situação da Dengue.
A ação é realizada pela prefeitura, por meio do Setor de Combate à Dengue, da Secretaria de Saúde, em parceria com a Coordenadoria de Controle de Doenças, da Secretaria de Estado da Saúde.
Os casos foram notificados no dia 22 de novembro, no Residencial Santa Cruz e no Jardim São Paulo.
Somados aos números do restante do ano, totalizam-se 22 casos de dengue em Tatuí até então, dos quais sete são autóctones (contraídos na própria cidade) e 15, importados.
Destes 22 casos, um foi confirmado no mês de fevereiro, três em março, cinco em abril, cinco em maio, dois em junho, outros dois em julho, um em agosto, um em setembro e os dois últimos em novembro.
Em relação à chikungunya, houve o registro de um caso importado, de um morador de Tatuí que havia passado férias em Fortaleza (CE), onde contraiu a doença.
“Em todos estes casos, procedemos com controle de criadouros, retorno a casas fechadas e nebulização portátil nas regiões para controlar a situação e combater um eventual foco na região”, explicou a coordenadora do Setor de Combate à Dengue, Juliana Aparecida de Camargo da Costa.
Nos primeiros 14 dias de dezembro, o órgão fez 6.739 visitas a imóveis. Os números dos outros meses do ano somaram: em janeiro, 19.644; fevereiro, 21.934; março, 19.174; abril, 20.884; maio, 20.031; junho, 23.577; julho, 27.348; agosto, 30.683; setembro, 22.144; outubro, 22.642; e novembro, 20.667.
Com isso, Tatuí conseguiu concluir os ciclos anuais estipulados pela Coordenadoria de Controle de Doenças, do estado. Cada ciclo é referente a 80% de visitas aos imóveis cadastrados no município, divididos por regiões
Somam-se a cada ciclo o trabalho denominado “Avaliação de Densidade Larvária”, feito trimestralmente e o acompanhamento especial nos pontos estratégicos (ferros-velhos, cooperativas de reciclagem, borracharias e outros), realizado quinzenalmente e mensalmente, dependendo de cada lugar.
“O mínimo exigido é a conclusão de quatro ciclos ao ano, e há mais de dez anos Tatuí não atingia esta meta. Hoje, graças ao trabalho em equipe, concluímos próximo de seis ciclos. E a perspectiva para o ano de 2023 é a conclusão destes mesmos seis ciclos”, observou Juliana.
Entre as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti realizadas no período de 10 de novembro a 15 de dezembro, foram 63 demandas, 1.001 controles de criadouros e 191 nebulizações portáteis.
Além disso, no dia 23 de novembro, os agentes de controle de endemias participaram de treinamento teórico de nebulização com a Coordenadoria de Controle de Doenças.
E, entre os dias 21 e 26 de novembro, aconteceu a Semana Estadual de Combate à Dengue, por meio de “carreata de conscientização” com carro de som em 24 bairros; distribuição de cartazes no comércio, em escolas particulares, centros profissionalizantes e faculdades; limpeza do imóvel de um acumulador, na região central; e veiculação de material informativo sobre dengue em jornais e redes sociais da prefeitura.
Participaram da Sala de Situação representantes da Secretaria de Saúde, do Conselho Municipal de Saúde, da Coordenadoria de Controle de Doenças, da Secretaria de Agricultura, Meio Ambiente e Bem-Estar Animal, da Secretaria de Direitos Humanos, Família e Cidadania e dos Departamentos de Comunicação e Fiscalização.
“Essa união de secretarias e o trabalho intenso que fizemos ao longo do ano são os responsáveis pelos números mais favoráveis em 2022”, aponta Juliana.
Em 2021, Tatuí viveu um surto de dengue, sendo a cidade do estado que mais casos acumulou, embora não tenha registrado nenhum óbito, assim como neste ano, até aqui.
“Mas, fomos a única cidade que testou todos os casos suspeitos, o que automaticamente aumentou o registro de positivos e descartados”, ponderou a coordenadora. Foram 20.583 casos no ano passado. Neste ano, até o dia 20 de dezembro, havia 22 casos.
“Essa diferença significativa deve-se às ações planejadas, à equipe comprometida, às nebulizações, ao cata-treco realizado diariamente em vários pontos da cidade, às ações no ecoponto, nossa cooperativa, que separa os inservíveis, entre outros”, afirma Juliana.
Em relação aos seis ciclos, a coordenadora indica que eles mostram o acompanhamento de perto de todos os pontos sensíveis. “É uma conscientização da população de que o problema da dengue começa com a prevenção para promoção de saúde”, pondera.
“Hoje, as pessoas colaboram mais, só que ainda enfrentamos problemas em alguns bairros e na região central, por conta dos horários específicos do comércio. Melhorou muito, mas precisaria melhorar um pouco mais”, sustenta Juliana.
Atualmente, os agentes visitam os imóveis a cada dois meses, a não ser quando surge um foco, o que provoca visitas imediatas.
Cuidados
Com a chegada do verão, também se aproxima o período de fortes chuvas no estado de São Paulo e, com isso, a importância do cuidado maior com o acúmulo de água em locais que possam contribuir com a proliferação do mosquito Aedes aegypti.
Entre estes cuidados básicos, estão: evitar o uso de pratinhos em plantas; manter caixas d’água bem tampadas e as piscinas devidamente tratadas e cloradas; verificar sempre os ralos; lavar diariamente bebedouros de animais; manter calhas limpas e livres de folhas; e conservar o quintal bem organizado, de forma a não deixar recipientes que possam acumular água de chuva, vistoriando-o semanalmente.
A prefeitura pede a colaboração de todos quanto à limpeza e à manutenção de terrenos e residências e salienta que as denúncias sobre possíveis criadouros do mosquito podem ser esclarecidas ou informadas para a Ouvidoria Municipal.
O atendimento pode ser presencial (na rua Júlia de Melo Machado, 270, Parque Industrial, sede da Secretaria de Serviços Públicos e Zeladoria), de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 17h; pelos telefones 3251-3576 e 0800-770-0665; ou ainda pelo http://tatui.sp.gov.br/ouvidoria.
Se, porventura, o cidadão apresentar sintomas das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti (dengue, zika ou chikungunya), é de extrema importância que procure uma unidade de saúde, para que receba o diagnóstico e o atendimento adequado.