Da redação
Na terça-feira, 6, em Quadra, a Polícia Civil cumpriu mandado de prisão temporária de um dos suspeitos de assassinar o aposentado Florival Brisola de Campos, 71, que estava desaparecido desde o início de novembro.
Ele confessou ter matado o idoso com a ajuda de um comparsa, que está foragido. Ambos serão indiciados pelo crime de latrocínio.
Um dos suspeitos ainda não se apresentou à polícia. A família dele recebeu a notificação da prisão temporária e ele deve se apresentar, caso contrário, será considerado foragido.
De acordo com as informações contadas no boletim de ocorrência do caso, o corpo de Campos foi encontrado, em estado de decomposição, no dia 24 de novembro, justamente no dia do aniversário dele, em um córrego no bairro do Rincão, em Itapetininga.
Dezesseis dias antes, a família havia registrado o boletim de ocorrência, depois de encontrar o carro dele em um rio no bairro Pederneiras, entre Tatuí e Quadra.
O corpo do idoso foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Itapetininga, e, depois, liberado para o enterro.
A investigação, comandada pelo delegado titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), Agnaldo Nogueira Ramos, chegou à informação de que Campos havia sido visto, no dia 8 de novembro, na companhia de dois homens em um bar na vila Belo Horizonte, em Itapetininga, lugar em que o cartão de crédito dele fora usado.
Através de um cumprimento de mandado de busca, a PC localizou um dos suspeitos, que, no primeiro depoimento, negou ter participação no desaparecimento do idoso. Porém, segundo os policiais, ao ser confrontado por provas, o rapaz confessou que Campos havia sido morto.
Conforme depoimento do suspeito, acompanhado de um comparsa, eles compraram drogas “junto do idoso”. Posteriormente, sob o efeito de entorpecentes, o outro homem resolveu matar Campos. Ele alegou, ainda, que não conseguiu impedir o crime.
Ainda de acordo com o depoimento, um dos suspeitos frisou à PC que eles esconderam o carro da vítima em Quadra, e que seu comparsa o deixara sozinho na cidade e fugira. O rapaz negou ter participado do crime e indicou aos policiais a localização do corpo de Campos.
Uma das filhas do idoso afirmou que “a ingenuidade o fez vítima, pois andava com dinheiro, deixava a carteira à mostra e conversava com todo mundo. Os criminosos se aproveitaram disso”.
“Eu não sei muito o que dizer ou pensar. Está sendo difícil aceitar a realidade, mas pelo menos sabemos que os culpados vão responder pela crueldade que fizeram. Espero que fiquem por muito tempo na cadeia”, declarou ela.
“Nunca perdemos a esperança. A gente tinha fé que ele seria encontrado. E foi, mas não do jeito que esperávamos. O importante é que os responsáveis já foram localizados e vão responder. Se a justiça dos homens não funcionar, a de Deus não falha”, ressaltou a filha.