Número de mortes naturais cresce 23% em Tatuí no mês de outubro

Óbitos por causas respiratórias aumentam 75% no décimo mês de 2022

Da reportagem

O número de mortes por causas naturais apresentou aumento de 23% em outubro deste ano em comparação ao mesmo mês do ano passado, quando a pandemia de Covid-19 ainda se encontrava com índices mais altos de contaminação. O número atual, contudo, é 7,05% menor que o de outubro de 2020, antes do início da campanha de imunização.

Se comparado ao mês de setembro deste ano, quando o município registrou 73 óbitos, as mortes no décimo mês do ano tiveram aumento de 8,21%.

Os dados são apontados por levantamento divulgado no Portal da Transparência do Registro Civil, órgão administrado pela Arpen-Brasil (Associação Nacional dos registrados de Pessoas Naturais).

Estatísticas do portal indicam 79 óbitos em outubro deste ano, envolvendo 47 homens e 32 mulheres. No décimo mês de 2021, 64 pessoas perderam a vida por causas naturais, com 31 mortes do sexo masculino e 33 do feminino. Já em outubro de 2020, ocorreram 85 óbitos, somando 50 homens e 35 mulheres.

Desde o início da pandemia, a plataforma dos registros civis passou a informar dados de óbitos por Covid-19 (suspeitos ou confirmados) e, ao longo dos meses, novos módulos foram incorporados, abrangendo mortes por doenças respiratórias e cardíacas, com filtros por estado e município.

As mortes por causas naturais são resultado de doença ou mau funcionamento interno dos órgãos, e, nesta classificação, estão os óbitos por Covid-19, SRAG (síndrome respiratória aguda grave), pneumonia, insuficiência respiratória e septicemia (choque séptico).

Sobre o impacto da Covid-19 no total de registros, no Portal da Transparência, consta o óbito de um tatuiano. O município teve queda de 93,75% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registradas quatro mortes pela doença, sendo de três homens e uma mulher.

Além do óbito por Covid-19, 16 faleceram por pneumonia (sete homens e nove mulheres), em aumento de 220% em relação ao mesmo período do ano passado, quando houve cinco declarações por esta causa (quatro homens e uma mulher). Se comparado a outubro de 2020, o aumento é de 60%.

Mortes por septicemia apareceram em oito certidões de óbito, sendo de seis homens e duas mulheres, dois a mais que em 2021, quando seis casos foram registrados – em aumento de 33,33%, considerando-se o falecimento de dois homens e quatro mulheres.

Já a insuficiência respiratória levou quatro pessoas à morte, atingindo dois homens e duas mulheres – três a mais que em outubro do ano passado, quando foi registrado um óbito do sexo masculino.

No décimo mês deste ano, não houve nenhum registro de morte como “causa indeterminada” – neste caso, quando é ligada a doenças respiratórias, mas não conclusiva. A mesma situação ocorreu no mesmo período de 2020 e 2021.

Em outubro, também não houve registro de morte por síndrome respiratória aguda grave (SRAG), da mesma forma que no mesmo período de 2020 e 2021.

Óbitos relacionados às causas respiratórias representam 28 registros no décimo mês deste ano, envolvendo 16 homens e 12 mulheres. O aumento foi de 75% em relação ao mesmo período do ano passado, quando houve 16 óbitos, de dez homens e seis mulheres.

Entre as causas cardiovasculares, o levantamento também aponta três mortes (um homem e duas mulheres) por AVC em outubro deste ano, quatro a menos que no mesmo período de 2021, quando sete óbitos foram registrados, sendo quatro do sexo masculino e três do feminino.

Houve diminuição de 60% nos casos de mortes por infarto, passando de cinco para duas, sendo uma para ambos os sexos. Os óbitos por causas vasculares inespecíficas tiveram aumento de 75%, passando de quatro para sete, sendo três homens e quatro mulheres.

Já os falecimentos relacionados a outros tipos de doenças aumentaram de 32, em outubro de 2021, para 38, com 26 homens e 12 mulheres no mesmo período desde ano, em acréscimo de 18,75%.

O Portal da Transparência é atualizado diariamente por todos os cartórios do país, obedecendo a prazos legais. A família tem até 24 horas após o falecimento para registrar o óbito em cartório, o qual, por sua vez, tem cinco dias para efetuar o registro e, depois, até oito para enviar o ato à Central Nacional de Informações do Registro Civil, que atualiza a plataforma.

As estatísticas se baseiam nas declarações (documentos preenchidos pelos médicos com os falecimentos) que dão origem às certidões de óbito, registradas nos cartórios para a liberação dos sepultamentos.