Da redação
Na sexta-feira, 9, às 20h, o Teatro “Procópio Ferreira” recebe o violonista e compositor Daniel Murray, com o espetáculo musical “Sombranágua – Septeto Autoral”.
O show apresentará músicas instrumentais brasileiras, nos estilos baião, maracatu, xaxado, choro, samba, valsa, entre outros, que integram álbum lançado há um ano e meio.
O evento é gratuito. Ingressos podem ser retirados pela plataforma virtual INTI ou pessoalmente na bilheteria do teatro, aberta de terça-feira a sexta-feira, das 13h às 16h e das 17h às 20h, à rua São Bento, 415, centro.
O “Septeto Autoral” é formado pelos músicos intérpretes Luiz Amato, no violino, Sarah Hornsby, na flauta, Gustavo Barbosa-Lima, no clarinete, Adriana Holtz, no violoncelo, Pedro Gadelha, no contrabaixo, Caito Marcondes, na percussão, e Daniel Murray, no violão.
Murray explora referências que vão da música popular à erudita, destacando trabalhos de Tom Jobim, Guinga, Bellinati, Egberto Gismonti, Villa-Lobos, Hermeto, Gesualdo, Stravinsky, Ravel e Debussy.
“Já havia tido a oportunidade de tocar com cada um deles, separadamente em outros trabalhos, e o amor pela música, admiração mútua e amizade já nos unia havia algum tempo”, declara o músico, pela assessoria de comunicação do Conservatório de Tatuí.
“O processo de criação foi simultâneo a ensaios e concertos, e pude contar com a contribuição genial dos intérpretes. O resultado foi tão gratificante que resolvemos registrar esse repertório em álbum”, acrescentou Murray.
Lançado no final de 2020, com produção musical de Paulo Bellinati, o 13º disco de Murray, “Sombranágua – Septeto Autoral”, tem 15 faixas. O álbum, que já acumula mais de 100 mil “streams” nas plataformas digitais, “revela as referências do violonista, sua conexão com a natureza, a família e os amigos”, e explora diferentes linguagens da música instrumental brasileira e da erudita contemporânea.
No ano passado, o disco conquistou a medalha de prata no Global Music Awards, nas categorias melhor álbum e melhor compositor, e foi selecionado para fazer parte da trilha sonora do média-metragem “Dante 700”, produzido pelo Instituto Italiano de Cultura.
Destaque para a peça “Sombranágua”, que na apresentação em Tatuí, assim como no álbum, contará com a participação de Henrique, de 16 anos, filho do violonista, tocando ukulele.
“O envolvimento do meu filho foi surpreendente. Tudo começou quando criei alguns compassos para que ele e minha mulher, que estavam começando a estudar o instrumento, tivessem algo novo para tocar. No final, gostei tanto que surgiu a ideia de continuar a peça para o álbum”, explicou.
Durante o espetáculo, Murray e o Septeto Autoral realizam um bate-papo com o público sobre arte e música brasileira, além de temas que “sempre despertam interesse e curiosidade, como a carreira e a criação musical, proporcionando momentos de reflexão e compartilhando informações”, acentua a assessoria do CDMCC.
Murray desenvolve carreira como intérprete e compositor, apresentando-se no Brasil, América Latina e Europa desde 1998. A conquista do primeiro prêmio, no “Concours International de Guitarre de Trédez- Locquémeau”, em Bretanha, na França, aos 14 anos de idade, marca o início da carreira dele. A discografia é composta por 12 álbuns, cinco deles dedicados ao violão solo.
Em 2015, foi indicado ao “Prêmio Concerto” pela atuação como solista. No ano seguinte, gravou na Dinamarca o álbum “Brazilian Landscapes”, ao lado de Michala Petri e Marilyn Masur, com o qual ganhou a medalha de prata no Global Music Award. Também em 2016, sua composição “Canção e Dança” rendeu-lhe o primeiro lugar no “Concurso Novas III”.
Em 2018, o violonista recebeu prêmio de destaque no FMCB (Festival de Música Contemporânea Brasileira) pela performance em homenagem a Egberto Gismonti. No ano seguinte, lançou o disco “Universo Musical de Egberto Gismonti”.
Já em em 2021, apresentou o disco solo “Five Pop Tunes”, com composições de Marco Pereira, além do álbum “Lugar ao Vento”, e que interpreta, junto a Chrystian Dozza, composições de Alexandre Guerra.
Recentemente, foi solista com a OER (Orquestra Experimental de Repertório), sob a regência de Jamil Maluf, em celebração aos cem anos da Semana de Arte Moderna, no Teatro Municipal de São Paulo.
Lançou, junto a Paulo Bellinati, o disco “Sinfonia da Alvorada”, dedicado à obra orquestral de Tom Jobim em parceria com Vinicius de Moraes.